sábado, 17 de dezembro de 2011
Rapsódia
É
Ao começo.
Depois de toda a jornada. O fim é o que te espera no começo. Como uma grande roda girando e girando. Cada vez mais rápido.
Sinto como se meu passado estivesse prestes a retornar a qualquer momento.
Meu eu do passado está de volta. Assumindo partes da minha vida.
E eu estou deixando ele tomar o controle.
O mundo vai voltar para onde começou.
O ka nos levará e nos arrastara com sua fúria inabalável.
O que se pode fazer afinal?
Além de se deixar levar por essa força tremenda.
E fazer tudo voltar.
Ao início.
Quando tudo era simples.
Quando tudo pedia por mágica.
Um mundo onde o lado negro prevalecia.
Está voltando.
Escutem a voz que grita longe e distante.
O mundo está girando novamente.
E o ka vai nos atropelar.
E nos deixar nus diante das consequencias.
De todas as cartas
De todos os rabiscos.
O 7.
Uma pedra uma folha.
Uma porta não encontrada.
É
A passagem está se abrindo.
Perca-se pelo caminho. Mas volte.
Outra vez.
Todas as crianças perdidas.
Todos os fantasmas esquecidos.
Do vigilante noturno.
Da rosa.
De todas as paranoias.
Os herois.
A Espada.
O Escudo.
A Cruz.
Tudo tende a voltar.
E tem que ser assim.
Não sente?
Tudo voltando ao inicio.
É
O ka é uma roda.
Voce não é nada.
Nunca foi nada.
Eu nunca fui nada.
Eu nunca serei nada.
Nao posso querer ser nada.
A par isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Que seja.
Esta tudo mirabolante.
Tenho aqui guardado.
Todas as letras.
Todos as memorias.
Tao verdadeiras e distorcidas quanto imagens em casas de espelhos.
Tantas dores.
Tanto Passado.
A carruagem do desespero nos leva a lugares luminosos.
E eu durmo.
Durmo perdido nessa névoa.
Me deixo lentamente afogar.
Em toda essa melancolia.
E não me arrependo.
E não peço ajuda.
Não.
Nunca mais vou sentir pena de mim mesmo.
Isso é a verdade.
A torre é a verdade.
A carruagem me leva de volta ao passado.
E eu vejo.
Sim eu vejo.
De todos os rostos esquecidos.
Jamais esquecidos.
Mas ainda assim, tão plasticos.
Tão subitamente surreais.
Eu vejo tudo que deixei e abandoneis gradativamente.
E depois de repente.
Todas as mentiras que contei.
Tanto para os outros mas mais para comigo mesmo.
Tantas dores que fiz sofrer e fingi sofrer.
Tatas partidas que quis que fossem chegadas.
Essa busca pelo novo. Pela magica me deixou sem nada.
Ou nao aprendi ainda que o nada que tenho é a coisa mais importante.
O que sou eu afinal.
Até que ponto posso ir?
Até quando a carruagem me levara nesse jardim de rosas vermelhas manchadas pelo sangue do passado.
Sinto a roda da carruagem levemente deixar o chão e me vejo sucumbindo ao futuro.
Alerta de tudo que jamais aconteceu.
Aquilo tudo que me foi.
Aquilo tudo que ainda está lá
Paralisado.
Petrificado.
Que não ouso tocar ou mudar.
Por medo que se despedace.
Isso tudo me persegue a noite.
E eu corro de noite fugindo dessas sombras.
Desse meu eu do passado com quem danço um tango inaudível.
Aonde toda essa dança nos levará.
O que ele espera de mim?
Ja não arrancou cada pedaço de tudo que achei que era importante?
E para que afinal?
Só para me provar o quanto não preciso de metade das coisas que tenho?
Quanto mais perderei pelo simples poder?
É
Eu consigo ouvir a voz dizendo
Que eu vou lembrar de tudo isso
Que isso vai me assombrar pouco a pouco.
Toda noite.
Aumentando
Até perder novamente a lucidez
Até repetir constantemente os mesmos erros.
Até os meus erros me destruirem.
Até parar de bater.
Ou o que quer que seja.
o Ar da primavera que completa tudo.
Segundo o louco guardião da tempestade
Ou quem quer que ele seja.
As coisas fogem de meu controle e eu decido parar de controlar tudo.
Parar de tentar viver essa realidade e partir para outra.
Como um curinga que já se passou por todas as cartas possiveis do baralho.
Que ainda está gritando loucamente palavras sem sentido.
Mas com todo o sentido do mundo.
mas pra qual mundo?
Que o mundo seja o próprio Ka
E que o ka destrua tudo em seu caminho.
Que a torre espere no final.
Que a rosa continue chorando perdida no tempo.
Mas não! Não vá tão longe meu amigo.
Não me leve para esse lugar longe do sol perdido na sombra do lado negro da lua.
Isso tudo é passado.
Não passa de ilusões.
De seu coração cansado.
O avanço cessou.
Primeiro vem os sorrisos, depois as mentiras e por ultimo o tiroteio.
Mas até a caça um dia tem um fim.
Seja com o naufragio de poucos.
Mas a tempestade que espera.
No fim dessa calmaria.
Vai a tudo mudar.
Eu já disse e repito.
Um vislumbre do passado pode a tudo acertar.
Acredite em mim.
Me escute uma ultima vez.
Antes de tudo isso se perder em meio ao nada.
É
Eu estou avisando.
Mas a quem?
A mim mesmo
Ao mundo
Ao próprio Ka
Que seja feita a vontade do Ka
domingo, 11 de dezembro de 2011
Resistência
É, não sei mais do que to falando.
Só queria paz.
It could be wrong, could be wrong
But it should've been right
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Joio e trigo
Eu quero o presente. Eu quero a força. Eu quero e eu mereço um amor.
O que ha de errado afinal? Só gostaria de uma bonança. De uma boa profecia. De algo belo que irá surgir. Que compense todo esse meu desgaste emocional.
Não sei mais o que to dizendo.
Queria poder transformar essa tragédia numa comédia. Essa impasse em mágica.
Quero o turbilhao. Só queria alguem que se importasse talvez.
É pedir de mais?
Eu to separando. Tudo que é joio e tudo que é trigo.
Tudo que não serve mais.
Quebrando todos os espelhos amaldiçoados, sem me importar com seus fragmentos fatais.
Quero a cruz e a espada.
A doce relva de manhã cedo.
Quero acordar à espera de um alguem.
Quero dar vazao, direcionar, esse sentimento que não tem pra onde correr.
Alagando esse ser completamente até afogar a própria esperança.
Quais as chances afinal?
Quais as chances.
domingo, 27 de novembro de 2011
Alguem algum dia vai pousar na terra? Terá eu achado o que procuro até lá?
Que façam-se as apostas...
sábado, 26 de novembro de 2011
Hysteria
Por mais que eu queira acreditar, ter fé, e não desistir de tentar. Eu cansei.
Não quero mais tentar. Não quero mais me machucar. Quero só viver comigo e só. Cansei de dar partes de mim pra pessoas que não compreendem. Cansei de esperar.
E parece tão simples. Ser do jeito que todos são. Mais leve. Tão facil. Tão mais prático. Mas eu quero o certo, o especial, o jeito Sérgio de viver a vida, não o de mais ninguem. Mas mais alguem pensa assim afinal? Porque só vejo pessoas caindo nos mesmos padrões, cometendo os mesmos crimes e agindo da mesma forma imatura e estupida com relação ao amor.
Só queria alguem que se destacasse dessa gente estupida e cinzenta.
De cinza ja basta esse mundo.
sábado, 12 de novembro de 2011
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Casa de espelhos
Como posso saber o que é real em meio a imagens cada vez mais distorcidas. Saber que tipo de sorriso é um sinal, ou que tipo de avanço realmente significa alguma coisa.
Como posso ter fé sem um alvo principal. Como posso amar se não quero desperdiçar meu amor. Como posso escolher se não sei se alguém me escolheria.
O que eu preciso era de alguém que esteja disposto a arriscar comigo. Que veja a beleza das coisas diferentes, e se interesse pelo mundo. Falta nas pessoas:Paixão. Paixão por algo, um encantamento com determinadas coisas. Seja o que for que essas coisas sejam. Falta uma vontade maior de querer que vem de um lado desconhecido da alma.
Não sei se estou realmente exagerando. Porque eu sei o que eu sinto, ou pelo menos o que quero sentir. E sinto que as pessoas estão desistindo.
Não sei se seria o mais certo a se fazer também.
Mas tenho fé ainda, que me move, que me faz acreditar que em meio a essa casa de espelhos, existe uma imagem real não distorcida. Que alguém em algum momento vai atravessar o espelho e unir dois mundos separados pela descrença.
Realmente gostaria que fosse essa pessoa. Mas as coisas não são tão simples assim. Talvez esteja pagando pelos meus pecados, tendo que repeti-los ou forçar meus pecados nos outros. Mas eu já não me sinto responsável por meus sentimentos. As vezes acredito que eles estão desesperados, querendo tanto algo que tomam qualquer fragmento de espelho como um mapa completo de como conseguir aquilo que quero.
Mas não é suficiente. Existem muitas etapas. E eu quero cruzar essas pontes. Quero entrar tao fundo no coração de alguém que quero ser capaz de mudar a vida da pessoa.
Mas ao mesmo tempo queria alguém que se interessasse tanto quanto eu me interesso. Que estivesse disposto a mergulhar tão fundo quanto eu quero mergulhar. Que quer explorar os esconderijos dos recantos obscuros do ser e do vir-a-ser. Que esteja disposto a tornar a vida cada vez mais interessante. A abrir cada vez mais portas. A se aventurar nesse labirinto sem saída.
Mas todos estão estagnados. Dormindo. Querendo o marasmo da praia. A insustentável leveza do ser. Querem as coisas como querem, e nada além. Não são desafiados por si próprio e levam a vida cabisbaixos.
Eu não sei mais sobre o que estou falando. Quero conhecer alguém que me ensine algo. Que me mostre um novo mundo. Que consiga me mudar.
Mas não sei se realmente existe alguém assim.
sábado, 5 de novembro de 2011
sábado, 22 de outubro de 2011
Simetria
domingo, 16 de outubro de 2011
What's next?
domingo, 2 de outubro de 2011
Faísca
terça-feira, 27 de setembro de 2011
A curiosidade deixou o gato com insonia
Cola o meu retrato no teu e me namora" ♪
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Primavera
domingo, 18 de setembro de 2011
Sos
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Lagrimas de criança
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
De repente tudo me volta a cabeça
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
quarta-feira, 27 de julho de 2011
O Cisne
segunda-feira, 11 de julho de 2011
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Abra essa porta, vai por favor
quarta-feira, 29 de junho de 2011
terça-feira, 21 de junho de 2011
Tic Tac
quinta-feira, 16 de junho de 2011
Mananciais no deserto
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Insustentável leveza do tempo
sábado, 4 de junho de 2011
Fantasmas
segunda-feira, 30 de maio de 2011
Sobre ter 19 anos (e algumas outras coisas)
Os 19 são uma idade egoísta, que restringe severamente as preocupações da pessoa. Eu tinha muita coisa na minha frente e era o que me importava. Tinha muita ambição e era o que me importava. Tinha uma máquina de escrever que carregava de uma porra de apartamento pra outra, sempre com alguma coisa para fumar no bolso e um sorriso na cara. Os compromissos da meia-idade estavam longe, os ultrajes da idade avançada, além do horizonte. Como o protagonista daquela música de Bob Seger, que agora eles usam para vender caminhões, eu me sentia infinitamente poderoso e infinitamente otimista; meu bolso (estava vazio, mas a cabeça estava cheia de coisas que eu queria dizer e o coração cheio das histórias que queria contar. Parece sentimentalóide agora; soava maravilhoso então. Soava muito tranquilo. Mais que tudo, eu queria penetrar nas defesas dos meus leitores, queria rompê-las, capturá-las e trocá-las, para o resto da vida, por nada mais que histórias. E sentia que podia fazer essas coisas. Sentia que tinha sido feito para fazer essas coisas.
quinta-feira, 26 de maio de 2011
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Bons ventos, ar puro e frio
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Vazão
Náufrago
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Gaiola
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Nova Geração
domingo, 17 de abril de 2011
Abstrato
terça-feira, 5 de abril de 2011
something, it comes floating back into your heart. I guess it's just lying there in wait.
Waiting for that right moment... Why, we might even remember this very moment someday!
In 10, 20 years... when we're all grown up and married, and have kids of our
own... Then one day... When that time comes, I wonder what kind of adults we'll
be? What kind of life will I be leading...? I wonder what to make of this
day...?"