sábado, 27 de março de 2010

Antes de tudo um aviso

Eu não escrevo coisas para lerem, eu escrevo porque preciso escrever, porque me alivia, porque ajuda a me entender, não me preocupo com quem vai ler as coisas que eu escrevo ou as coisas que eu publico porque não são para os outros, nunca são para os outros.
São para mim.
Esse blog é uma parte de mim.
Eu não estou preocupado com a aparência que devo demonstrar, ou com as palavras que devo medir porque eu não pretendo divulgar isso, se tem algo que eu quero que alguem leia, eu sou mais direto.
Esse blog é meu acima de tudo, sou eu aqui in black and white não vocês.
Como um diário que eu mostro pra poucas pessoas
Sinto muito se esse blog serviu como propaganda para o publico errado
Mas é a minha vida aqui,
Não simplesmente parte dela.

Why can't we all just get along?

http://www.youtube.com/watch?v=dW5E0JdQZV4

Eu não entendo
Porque amigos não podem ser simplesmente amigos?
Sem cobrança, sem fatalidades
"amigos não tem direito de cobrar nada. Amizade é algo que se oferece, não moeda de troca" Alguem disse
Eu sei que muitas promessas são desfeitas
Muitas palavras perdem seu valor
Mas a cobrança parece terrivelmente forte
"If it keeps on raining, levee's is gonna break" Dizia Led Zeppelin
Não se pode mais ser simplesmente amigos hoje em dia?
Ter uma conversa que não envolva "o quanto você está sendo um mal amigo"
Queria poder simplesmente me sentir confortável mas toda vez que fica perto
Parece que minha energia é drenada,
Como se algo sugasse de mim.
É Exaustivo. Uma amizade assim, sinto muito mas é a verdade.
As pessoas mudam. E se mudam é por algum motivo que muitas vezes somente elas conhecem, então porque simplesmente ter que dar satisfação?
Então porque simplesmente julgar e esperar que elas sempre vão ser as mesmas?
Não são mentiras
Nunca foram mentiras
Porque amigos não precisam de explicação
"Foda-se
Eu vou fazer as coisas do meu jeito
E as pessoas que me amam vão entender porque eu estou fazendo isso
Simplesmente porque elas me amam"
Amigos Amigos ...
Sem rótulos ou discriminações
Por favor ...


A última coisa que me lembro, eu estava
Fugindo para a porta.
Eu tinha de encontrar a passagem de volta
Ao lugar onde estava antes.
"Relaxe", disse o homem da noite,
"Nós estamos programados para hospedar:
Você pode desocupar o quarto a qualquer hora que desejar,
Mas você nunca pode ir embora!"

quinta-feira, 25 de março de 2010

Memórias Falsas

Aula de Historia da Arte, de repente a professora começa a contar sobre memórias falsas. Segundo ela, nossas algumas de nossas memórias, principalmente após traumas, geralmente são esquecidas, apagadas do nosso cérebro, são normais , os famosos brancos ou simplesmente o fato de ninguém se lembrar direito da infância em si, somente alguns retalhos. Até então tudo bem, até que ela comenta sobre alguns tipos de memória que são substituídas em nossa mente.
Isso realmente me fez refletir. Memórias falsas, memórias substituídas.
Ela contou algumas historias sobre parentes dela que sofreram isso, e eu realmente achei interessante. Imagine só, memórias que você tem simplesmente não aconteceram. Ou aconteceram de outra forma. Certas coisas que nós nos lembramos podem ser completas mentiras.
Enquanto conversava com a Camila ela me falou que já teve uma amiga que passou por isso, que ficou tempos sem falar com ela e, quando se reencontraram a amiga dela disse que as duas tinham brigado feio (de porrada mesmo), e que não se falavam mais. Só que a Camila não se lembrava disso, nem a mãe dela nem nada. Segundo a Camila ela tinha se enganado. Talvez ela tenha substituido a memória dela com uma memória falsa de uma briga. Ou talvez a propria camila tenha sentido culpa pela briga e se esqueceu inconscientemente.
Como saber o que é real? Não se pode mais confiar nem na própria memória, as nossas certezas se esvaem cada vez mais pelos nossos dedos, nos deixando pairando no mar da duvida. O que realmente aconteceu. Que tipo de coisas estamos esquecendo? Todo dia, todo ano, esquecemos alguma coisa talvez? O que será que eu esqueci ano passado? O que será que está perdido dentro do meu cérebro? Será possível recuperar tudo isso? Ou será que memórias falsas virão.
Talvez alguns digam que não vale a pena se preocupar tanto. Afinal sabemos o que podemos saber e nada além. Se nosso próprio cérebro fez questão de esquecer, quem sou eu pra duvidar dele? Ou talvez nunca teremos a certeza e simplesmente teremos que aceitar que somos o que podemos ser.
O velho paradoxo do Viver uma vida com mentiras porém "feliz" (lê-se despreocupado) ou viver uma vida buscando uma verdade que talvez seja inalcançavel e "triste" (lê-se agoniado por não achar respostas)
Eu particularmente não consigo parar de cogitar, pensar. Já se tornou automático a minha mente, duvidar de tudo, até da minha própria duvida.
O que me recorda de uma breve citação que eu assisti no seriado House
A Thirteen fala pro House
" You spend your whole life.. looking for answers. Because you think the next answer would change something, maybe make you a little less miserable. And you know that when you run out questions you don't just run out of answers... you run out of hope."
Que basicamente resume grande parte de mim
Talvez nunca saibamos o que há por traz disso tudo, mas não custa tentar achar as respostas

sexta-feira, 19 de março de 2010

-As pessoas. As pessoas escorraçam você.

-Quem?- Perguntei, achando que ele se referiria aos professores ou adultos monstruosos como a Sra. Simons, que quisera uma saia nova, ou talvez seu irmão Eyeball que andava com Ace, Billy, Charlie e os outros, ou talvez seus próprios pais.

Mas ele disse:

- Teus amigos te escorraçam, Gordie. Sabia disso?- Apontou para Vern e Teddy, que estavam parados nos esperando. Riam de alguma coisa; na verdade, Vern estava forçando uma risada. – Teus amigos te escorraçam. São como caras que estão se afogando e se agarram nas tuas pernas. Você não pode salvar eles. Só pode afundar com eles.

[...]

Chris continuava a gritar. Já engasgado e fazendo bolhas, sendo puxado pelos corpos (Teddy e Vern) novamente. Quando puxaram para o fundo vi seus olhos esbugalhados virados pra mim implorando em agonia; vi suas mãos brancas tentarem alcançar a superfície ensolarada da água. Mas ao invés de mergulhar e tentar salva-lo, nadei desesperadamente para a beira, ou pelo menos até onde a água não cobrisse minha cabeça. Antes de chegar lá – antes mesmo de chegar perto – senti uma mão mole, apodrecida, implacável, segurar minha panturrilha e começar a puxar. Um grito formou-se em meu peito... mas antes que conseguisse solta-lo, o sonho esvaiu-se para um fac-símile da realidade.[...]

Wild World

Já que Snuff acabou sendo confundida e direcionada pra pessoa errada, eu resolvi colocar aqui a musica verdadeira que me lembrava de você quando você foi embora, eu não estava tão mal, mas eu me preocupava com você principalmente porque é um mundo Selvagem lá fora...

[...]
Você diz que quer começar algo novo
E isto parte meu coração, você está indo embora
Baby, eu estou sofrendo

Mas se você quiser partir, tenha cuidado
Espero que você tenha muitas coisas novas para vestir
Mas então, muitas coisas boas não dão certo por aí

Oooh, Baby, baby, este mundo selvagem
É difícil sobreviver apenas com sorrisos
Oooh, Baby, baby, este mundo selvagem
Eu sempre vou me lembrar de você como uma criança, garota

Você sabe, eu tenho visto muito do que o mundo pode fazer
E isto parte meu coração em dois
Porque eu nunca quero vê-la triste, garota
Não seja uma menina má

Mas se você quiser partir, tenha cuidado
Espero que você faça novos bons amigos por aí
Apenas se lembre que há muita maldade por aí e seja cautelosa

sábado, 6 de março de 2010

Nem sempre fui bom com ela, melhor dizendo, era um filho da ****. Amava-a tanto que não sabia o que fazer. Em vez de lhe dar o que eu sentia, de enche-la com aquele amor áspero, eu o engolia. É uma coisa que eu não entendo: seu amor me chegava fácil, em troca o meu não fluía para ela. Acredito que o amor dela reprimia o meu. Ela e o seu amor formavam uma substância espessa e o meu amor e eu ficávamos travados, então me enfurecia e ela não conseguia entender. Tratei-a mal muitas vezes por que estava desesperado mas a amava mais que a minha própria vida... e quando ela se foi minha vida se apagou.
Quando soube que nunca mais ia tê-la, enlouqueci: "Antes que se passe um segundo você terá morrido cem mil vezes", diz uma frase do Corão e eu tive que vivenciá-la. Ela não tinha deixado de me amar, mas seu amor estava doente e não suportava a minha presença. Vi toda a dor em seus olhos, todas as minhas traições e mentiras, eu era a pessoa entre ela e eu, o rival impossível. Então, quando já não importava, meu amor eclodiu, seu amor doente não opunha resistencia e o meu foi em direção a ela como um raio mas ela estava fechada. E o meu amor ficou comigo e houve gotas de sangue no meu silêncio. Ela se afastou e eu entrei no quarto do castigo, o menos florido de todos os manicômios, e ainda não sai.
Como não tenho a quem odiar eu o odeio, como não há culpado eu o culpo, como não há inimigo eu o transformo em inimigo. O meu amor é sobrenatural, um pecado de Deus, uma telenovela sem fim, um novo comercial de margarina. Como quem devo matar é a mim, mato o amor. Como sou incendiário, o inominável, eu o nomeio. Como não consegui explicar a ela o quanto a amo, explico ao mundo.