segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Ampulheta

Quando você acorda um dia e percebe que o tempo se foi.
Quando todos os planos que havia sonhado, hoje não cabem no tão pouco tempo que resta.
Meu coração sofre um aperto, essa desgraça de tempo.
Que se vai, que se acaba, que te limita.
A vontade de reviver, e repassar, de novo e de novo e de novo
O tempo.
Sinto que lutei tanto pra chegar aqui, e agora que estou aqui, o tempo me falta.
Sinto que desperdicei tanta coisa, tantas oportunidades, tantos lugares, pessoas que nao conheci.
Tenho um assombro de que esse ano que passou, foi um grande desperdicio,
Onde eu simplesmente fiz tudo que não queria fazer, e nada do que precisava.
Sinto que cheguei num ponto que consigo olhar pra traz e ver que poderia ter sido muito melhor,
Que eu devia ter feito bem diferente.
E agora não tenho mais tempo, pra fazer o que eu quero fazer.
Pra aprender o que eu quero aprender.
Tantos planos pelo ralo.
E essa efemeridade de que tudo se esvai,
Tudo que foi conquistado aqui, tudo se vai.
Que no dia 23 de fevereiro estarei de volta ao chão,
De voltas às mesmas tramas, às mesmas limitações.
Sinto que mudei bastante aqui e tenho medo de perder isso,
Medo de nunca mais retornar.
Só queria poder voltar,
Voltar nesse tempo.
Como eu de agora,
Que no dia 23 quando eu levantar voo daqui,
aterrise no dia 24 do ano passado.
Ah quisera o tempo se distorcer por um mimo de um menino,
Que não cansa de desperdiçar o tempo