domingo, 29 de julho de 2012

“Never trust people who lie to you, never lie to people who trust you.”
— Dexter

O Julgamento

Enough with the walls.
Enough with the lies.
Enough with the hide and seek.
The crazy little games.
The twisted fate.
The pain and the pleasure.
The sickness of the soul.
Love, Hate,
Enough of it.


Crazy
Crazy


Chega
Violentamente.
e atordoado.
Me sinto leve pela primeira vez.
Cansei desses muros.
Desses bloqueios.
Sinto que aqui dentro ficou quente demais.
Quero Sair.
Expulsar esses demonios
Essas sombras que sussurram durante a noite.
Que escuto seus passos mas quando me viro
Nunca estão lá.

Quero deixar essas paranoias de lado.
Eu estou realmente calmo.
transcendi meu desejo pela tristeza.
Estou preparado pra olhar para dentro.
Contar a verdade.
Deixar o vento entrar.
A bonança e a boa ventura.
Estou me viciando nesses sentimentos.
E me acostumando.
Já nao é mais suficiente.

A dor, a mágoa.
Não me anestesia mais.
Eu preciso de algo mais forte.
Mais doloroso.
Mais humano.

E o que mais doloroso do que fazer justamente o oposto?
Deixar esses muros.
Sair.
Deixar-se ver dentro as coisas que escondo com tanta cautela.
Sentenciado por ninguem.
A uma solitária na alma.

Quero me embebedar dessas verdades.
Quero que vejam a luz que existe dentro dessa escuridao.
Pois todas essas sombras que todos vocês vêm.
São sinais de muros bem fechados
Onde dentro existe uma forte luz.

Eu vou ficar bem.
Até achar a forma certa de controlar.
Essa minha doença.
Essa minha ambição.
Antes que seja tarde demais.

domingo, 22 de julho de 2012

Numero Primo

O ser me abandona.
O que eu sou.
Tenho duvidas.
Duvidas.
Até que ponto não estou enganado sobre mim mesmo.
Não estarei eu errado?
Machucando todos a minha volta.
Pelo simples respirar.
É triste
Triste
Saber que a nossa própria presença incomoda.
Que nosso jeito incomoda.
Que a gente simplesmente tenta o máximo.
Que a gente preza tanto quanto pode.
E ainda assim é tratado feito escória.
Desnecessário.
Trivial.
Um incomodo.
Um curinga solto sempre.
Nunca se encaixa.
Não
Além
Um número primo.
Uma falta de amor dolorosa.
Uma desavença.
Um se importar de mais.
Um querer constante de atenção.
Uma gula que nunca é saciada completamente.
Um não conseguir parar.
Vício
Doce vício.
Vício da humanidade. Da falta de amizade.
Sempre um espectador. Nunca um ator.
Sempre observando, mas nunca tomando parte.
Querer demais.
Esperar de mais.
Ansiar de mais.

Chorar Chorar Chorar Chorar

Solidão a dois a três a muitos.
Solidão sozinho.
Solidão na casa no quarto na cama.
Perdido.
Morto.
Enterrado.
Oh coração doloroso.
Me livrai do sentir.
Do desejar.
Me permita me controlar.
Me permita tomar as decisões mais certas.
Pare de sussurrar suas vil vontades.
Eu não quero mais te ouvir.
E ver as portas se fechando.

Pare de sentir.
Pare de querer.
Pare de bater.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Dormi na cama
Acordei no onibus
Desnorteado
Procurei algo que me faltava
Perdi o que não achei
Sai do onibus e achei que estava atrasado
Acordo em casa
Me pergunto se ainda estou sonhando
Tenho que levantar
Me arrumo e pego o onibus
Dou uma volta e acho algo que perdi
Me pergunto se ainda estará lá
Perco o sono e vou andando pra casa
Acordo em meu sonho
Ainda estou com as respostas na ponta da lingua
Não as conto pra ninguem.
Adormeço e cavo mais fundo
Desisto e continuo.
Acordo em meus pensamentos
A verdade que achei ter esquecido
Deixei no onibus
Guardei dentro do sonho
E o sonho acordou dentro de mim,
Enquanto eu acordava no sono de outra pessoa.
Sonhei que dormia e acordava sem ter a resposta
Acordava sem saber se a resposta existia ou se era um sonho
Sonhei que estava com insonia
De madrugada procurei seu nome na lista telefonica
Pensei em te ligar pra te acordar
Sonhei que acordava dentro de você.
Mas você não sonha.
Não mais.
E eu vivo dormindo.
Esperando você me acordar.