sábado, 17 de dezembro de 2011

Rapsódia

O ka é uma roda que não para de girar. Se você tentar para-la ela vai passar por cima de você. O Ka é uma roda. Que gira, gira e volta ao começo.
É
Ao começo.
Depois de toda a jornada. O fim é o que te espera no começo. Como uma grande roda girando e girando. Cada vez mais rápido.
Sinto como se meu passado estivesse prestes a retornar a qualquer momento.
Meu eu do passado está de volta. Assumindo partes da minha vida.
E eu estou deixando ele tomar o controle.
O mundo vai voltar para onde começou.
O ka nos levará e nos arrastara com sua fúria inabalável.
O que se pode fazer afinal?
Além de se deixar levar por essa força tremenda.
E fazer tudo voltar.
Ao início.
Quando tudo era simples.
Quando tudo pedia por mágica.
Um mundo onde o lado negro prevalecia.
Está voltando.
Escutem a voz que grita longe e distante.
O mundo está girando novamente.
E o ka vai nos atropelar.
E nos deixar nus diante das consequencias.
De todas as cartas
De todos os rabiscos.
O 7.
Uma pedra uma folha.
Uma porta não encontrada.
É

A passagem está se abrindo.
Perca-se pelo caminho. Mas volte.
Outra vez.
Todas as crianças perdidas.
Todos os fantasmas esquecidos.
Do vigilante noturno.
Da rosa.
De todas as paranoias.
Os herois.
A Espada.
O Escudo.
A Cruz.
Tudo tende a voltar.
E tem que ser assim.

Não sente?
Tudo voltando ao inicio.
É
O ka é uma roda.
Voce não é nada.
Nunca foi nada.
Eu nunca fui nada.
Eu nunca serei nada.
Nao posso querer ser nada.
A par isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Que seja.

Esta tudo mirabolante.
Tenho aqui guardado.
Todas as letras.
Todos as memorias.
Tao verdadeiras e distorcidas quanto imagens em casas de espelhos.
Tantas dores.
Tanto Passado.
A carruagem do desespero nos leva a lugares luminosos.
E eu durmo.
Durmo perdido nessa névoa.
Me deixo lentamente afogar.
Em toda essa melancolia.
E não me arrependo.
E não peço ajuda.
Não.
Nunca mais vou sentir pena de mim mesmo.
Isso é a verdade.
A torre é a verdade.
A carruagem me leva de volta ao passado.
E eu vejo.
Sim eu vejo.
De todos os rostos esquecidos.
Jamais esquecidos.
Mas ainda assim, tão plasticos.
Tão subitamente surreais.
Eu vejo tudo que deixei e abandoneis gradativamente.
E depois de repente.
Todas as mentiras que contei.
Tanto para os outros mas mais para comigo mesmo.
Tantas dores que fiz sofrer e fingi sofrer.
Tatas partidas que quis que fossem chegadas.
Essa busca pelo novo. Pela magica me deixou sem nada.
Ou nao aprendi ainda que o nada que tenho é a coisa mais importante.
O que sou eu afinal.
Até que ponto posso ir?
Até quando a carruagem me levara nesse jardim de rosas vermelhas manchadas pelo sangue do passado.
Sinto a roda da carruagem levemente deixar o chão e me vejo sucumbindo ao futuro.
Alerta de tudo que jamais aconteceu.
Aquilo tudo que me foi.
Aquilo tudo que ainda está lá
Paralisado.
Petrificado.
Que não ouso tocar ou mudar.
Por medo que se despedace.
Isso tudo me persegue a noite.
E eu corro de noite fugindo dessas sombras.
Desse meu eu do passado com quem danço um tango inaudível.
Aonde toda essa dança nos levará.
O que ele espera de mim?
Ja não arrancou cada pedaço de tudo que achei que era importante?
E para que afinal?
Só para me provar o quanto não preciso de metade das coisas que tenho?
Quanto mais perderei pelo simples poder?
É
Eu consigo ouvir a voz dizendo
Que eu vou lembrar de tudo isso
Que isso vai me assombrar pouco a pouco.
Toda noite.
Aumentando
Até perder novamente a lucidez
Até repetir constantemente os mesmos erros.
Até os meus erros me destruirem.
Até parar de bater.
Ou o que quer que seja.
o Ar da primavera que completa tudo.
Segundo o louco guardião da tempestade
Ou quem quer que ele seja.
As coisas fogem de meu controle e eu decido parar de controlar tudo.
Parar de tentar viver essa realidade e partir para outra.
Como um curinga que já se passou por todas as cartas possiveis do baralho.
Que ainda está gritando loucamente palavras sem sentido.
Mas com todo o sentido do mundo.
mas pra qual mundo?
Que o mundo seja o próprio Ka
E que o ka destrua tudo em seu caminho.
Que a torre espere no final.
Que a rosa continue chorando perdida no tempo.

Mas não! Não vá tão longe meu amigo.
Não me leve para esse lugar longe do sol perdido na sombra do lado negro da lua.
Isso tudo é passado.
Não passa de ilusões.
De seu coração cansado.
O avanço cessou.
Primeiro vem os sorrisos, depois as mentiras e por ultimo o tiroteio.
Mas até a caça um dia tem um fim.
Seja com o naufragio de poucos.
Mas a tempestade que espera.
No fim dessa calmaria.
Vai a tudo mudar.

Eu já disse e repito.
Um vislumbre do passado pode a tudo acertar.
Acredite em mim.
Me escute uma ultima vez.
Antes de tudo isso se perder em meio ao nada.

É
Eu estou avisando.
Mas a quem?
A mim mesmo
Ao mundo
Ao próprio Ka

Que seja feita a vontade do Ka

domingo, 11 de dezembro de 2011

Resistência

Não. Isso você não vai mudar. Cansei de tentar agradar. A minha liberdade não vai ser obstruída por paranoias. Já me basta o caminho ser solitário e frio, mas ainda ter de ouvir certas coisas. "como se eu já não soubesse disso tudo". Mas a pior injustiça é saber que você não me conhece nem um pouco. Não confia na minha força de vontade. Eu não sei o que eu to fazendo. Mas a verdade é que eu não to fazendo nada. Nem sei o que fazer. Por enquanto to só parado esperando uma resposta cair do céu. Mas a unica resposta que me vem é aquela que eu não quero. Ta uma confusão danada. As coisas não são simples. Mas o que posso eu fazer? Eu mudei minha vida, minha profissão, consegui um trabalho, fiz de um tudo. Mas isso? Como posso mudar. Como posso mudar meu jeito de ser. Não vou abandonar meus amigos por sua paranoia. "Nunca faz amigos, mas quando faz são da pior índole". Da pra confiar um pouquinho? Eu já fiz muita merda nessa vida, e tenho uma personalidade auto destrutiva, mas eu tento lidar todo dia com isso, e precisava muito de um pouquinho de confiança. Respirar em paz. Não quero ser julgado. Ao menos não por vocês.
É, não sei mais do que to falando.
Só queria paz.

It could be wrong, could be wrong
But it should've been right

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Joio e trigo

É. Tá na hora. Cortar tudo que não serve mais. Analisar o que é trigo e o que e joio. Até onde minha mente me leva, e até onde a realidade existe. Cansei de viver essas ilusões. Nunca fui um cara normal. "Uma pessoa que não sente nada, ou sente demais". É. Minhas emoções me torturam. Essa potência. Essa vontade. Quando ela surge, eu sofro. Nada pode parar. E eu quero e eu sinto. E to sentindo cada vez mais forte. Mas não tem nada nem ninguem que possa fazer algo. Ao menos ninguem que eu conheça. Ninguem que esteja disposto. Eu sinto que todas as portas estao trancadas. Que não importa o quanto eu espere abrir, nada acontece. Ta na hora de ir bater nessas portas. De ver quais delas não são uma simples ilusão. O que tem por tras de cada porta?
Eu quero o presente. Eu quero a força. Eu quero e eu mereço um amor.
O que ha de errado afinal? Só gostaria de uma bonança. De uma boa profecia. De algo belo que irá surgir. Que compense todo esse meu desgaste emocional.
Não sei mais o que to dizendo.
Queria poder transformar essa tragédia numa comédia. Essa impasse em mágica.
Quero o turbilhao. Só queria alguem que se importasse talvez.
É pedir de mais?

Eu to separando. Tudo que é joio e tudo que é trigo.
Tudo que não serve mais.
Quebrando todos os espelhos amaldiçoados, sem me importar com seus fragmentos fatais.
Quero a cruz e a espada.
A doce relva de manhã cedo.
Quero acordar à espera de um alguem.
Quero dar vazao, direcionar, esse sentimento que não tem pra onde correr.
Alagando esse ser completamente até afogar a própria esperança.

Quais as chances afinal?

Quais as chances.

domingo, 27 de novembro de 2011

Quem se perde de mais acaba se encontrando. Não sei se estou perdido, ou se fiz da perdição meu mapa do mundo. Talvez precise fazer justo o oposto, parar e estagnar, me perder da minha bussola e esperar. Talvez as coisas realmente não estejam tão a vista. Sera que existe alguem me procurando? Já andei tanto. Já procurei tanto. Nesse jogo de esconde-esconde eterno que não posso ganhar. Por mais que eu tente sonhar, querer, imaginar, as areias escorrem pelos meus dedos, e o que me sobra é a angustiante tarefa de ter de lavar a mão. Ter que deixar a onda levar o pouco que sobrou. Vontade de me atirar não me falta. De pular, bem do alto pra ver se ao subir a superficie não encontro um mundo diferente. Mas tenho medo que essa água que parece ser tão profunda e enigmática acabe sendo rasa e frívola. Sera que vale a pena? Sera que não estou fadado a ter que repetir os mesmos erros e questionar as mesmas perguntas sem respostas para um todo sempre? E alguem da a minima? Alguem realmente se importa com o que me acontece? Sinto que estou carregando o mundo nas costas. E quem carrega o meu mundo? So queria um copo d'agua, uma sombra fresca pra descansar um pouco desse fardo. Dessa minha sina de nomade eterno. Terá alguma estrela no céu pra mim? Ou só posso sonhar com essas belezas distantes. Nunca alcança-las. Terá alguem em algum lugar olhando pra terra e se perguntando se é uma estrela? Parece uma comparação simples de como eu me sinto. Um só no universo. Em meio a planetas desabitados e estrelas distantes e perigosas.
Alguem algum dia vai pousar na terra? Terá eu achado o que procuro até lá?
Que façam-se as apostas...

sábado, 26 de novembro de 2011

Hysteria

Chega. Cansei de me martirizar e sofrer por esse tipo de coisa. Cansei de ter que gostar e mendigar a piedade e o amor de quem nada está interessado. Cansei de tentar forçar todas as situações possiveis para algo acontecer e depois ter que passar o dia em claro com uma angustia que não sai do peito pelo que poderia ter sido mas não foi e nunca será
Por mais que eu queira acreditar, ter fé, e não desistir de tentar. Eu cansei.
Não quero mais tentar. Não quero mais me machucar. Quero só viver comigo e só. Cansei de dar partes de mim pra pessoas que não compreendem. Cansei de esperar.
E parece tão simples. Ser do jeito que todos são. Mais leve. Tão facil. Tão mais prático. Mas eu quero o certo, o especial, o jeito Sérgio de viver a vida, não o de mais ninguem. Mas mais alguem pensa assim afinal? Porque só vejo pessoas caindo nos mesmos padrões, cometendo os mesmos crimes e agindo da mesma forma imatura e estupida com relação ao amor.
Só queria alguem que se destacasse dessa gente estupida e cinzenta.
De cinza ja basta esse mundo.

sábado, 12 de novembro de 2011

Mais do que palavras
Mais do que promessas
Mais do que o mundo pode me dar

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Casa de espelhos

A cada virada do destino algo parece sumir. De repente as coisas são tão diferentes, mas ainda assim tão as mesmas características assombrosas que nos iludem e nos fazem querer destruir em milhões de pedaços essas expectativas transfiguradas em possibilidades.
Como posso saber o que é real em meio a imagens cada vez mais distorcidas. Saber que tipo de sorriso é um sinal, ou que tipo de avanço realmente significa alguma coisa.
Como posso ter fé sem um alvo principal. Como posso amar se não quero desperdiçar meu amor. Como posso escolher se não sei se alguém me escolheria.
O que eu preciso era de alguém que esteja disposto a arriscar comigo. Que veja a beleza das coisas diferentes, e se interesse pelo mundo. Falta nas pessoas:Paixão. Paixão por algo, um encantamento com determinadas coisas. Seja o que for que essas coisas sejam. Falta uma vontade maior de querer que vem de um lado desconhecido da alma.
Não sei se estou realmente exagerando. Porque eu sei o que eu sinto, ou pelo menos o que quero sentir. E sinto que as pessoas estão desistindo.
Não sei se seria o mais certo a se fazer também.
Mas tenho fé ainda, que me move, que me faz acreditar que em meio a essa casa de espelhos, existe uma imagem real não distorcida. Que alguém em algum momento vai atravessar o espelho e unir dois mundos separados pela descrença.


Realmente gostaria que fosse essa pessoa. Mas as coisas não são tão simples assim. Talvez esteja pagando pelos meus pecados, tendo que repeti-los ou forçar meus pecados nos outros. Mas eu já não me sinto responsável por meus sentimentos. As vezes acredito que eles estão desesperados, querendo tanto algo que tomam qualquer fragmento de espelho como um mapa completo de como conseguir aquilo que quero.
Mas não é suficiente. Existem muitas etapas. E eu quero cruzar essas pontes. Quero entrar tao fundo no coração de alguém que quero ser capaz de mudar a vida da pessoa.

Mas ao mesmo tempo queria alguém que se interessasse tanto quanto eu me interesso. Que estivesse disposto a mergulhar tão fundo quanto eu quero mergulhar. Que quer explorar os esconderijos dos recantos obscuros do ser e do vir-a-ser. Que esteja disposto a tornar a vida cada vez mais interessante. A abrir cada vez mais portas. A se aventurar nesse labirinto sem saída.

Mas todos estão estagnados. Dormindo. Querendo o marasmo da praia. A insustentável leveza do ser. Querem as coisas como querem, e nada além. Não são desafiados por si próprio e levam a vida cabisbaixos.

Eu não sei mais sobre o que estou falando. Quero conhecer alguém que me ensine algo. Que me mostre um novo mundo. Que consiga me mudar.

Mas não sei se realmente existe alguém assim.

sábado, 5 de novembro de 2011

Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana. Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso.

-Fernando Pessoa

sábado, 22 de outubro de 2011

Simetria

Não sei mais muito o que dizer. Meio que cansei de escrever sobre as conspirações do universo e todas minhas paranoias de segunda classe. Mas estou com vontade de escrever. Não queria escrever mais um texto sobre a magnificência que é viver em harmonia e blabalbla mas é realmente estranho como as coisas surgem na nossa vida. Só o fato delas surgirem, mesmo sem significar nada especial, já torna a vida um pouco mais interessante.
Levando um pouco mais pro exoterismo, eu sinto que essa pessoa é tem uma luz muito diferente da que eu estou acostumado. Ela me lembra muito a mim mesmo talvez. Mas de uma forma muito diferente. É difícil achar pessoas que são parecidas com agente nesse sentido. Não necessariamente com os mesmos gostos, opiniões ou o que quer que seja que possa ser medido. Mas um simples instinto que te sussurra dizendo isso. Não é interessante?
Mesmo que a história acabe por aí, sem um pingo de chance de avançar ou mudar, ainda assim esses pequenos detalhes tem sua importância e sua beleza.
Mas mudando um pouco de assunto, talvez eu tenha entendido a mensagem finalmente. Estava prestes a cometer o mesmo erro do passado. Mas o universo de certa forma conspirou (lá vou eu de novo) e eu acho que finalmente entendi o que tava acontecendo. Foi até incrível como um eclipse do meu passado pelo novo. E eu não pude evitar e sorrir.
Eu sinto que talvez eu esteja mudando. As coisas vão se acertando. Eu quero ir além. De pouco em pouco eu vou me motivando. Sinto uma energia extra surgindo que quer mais, que quer sangue novo. É incrível o que uma faculdade pode fazer com você, o que a convivência com novos tipos de pessoas pode te trazer. Aos poucos você amadurece e percebe o quanto você estava sendo injusto não só com os outros mas até consigo mesmo.
A vida é uma caixinha de surpresas afinal, você pode aprender com ela sempre nas pequenas coisas. Nos pequenos detalhes. Tudo pode te fascinar. Afinal é só manter essa sensação viva. E procurar.

domingo, 16 de outubro de 2011

What's next?

O que vem agora? Eu quero mais.
Quero agitação. Quero o sonho.
Me mostre o que me espera pela frente, estou pronto.
Quero conquistar coisas novas.
Que as coisas velhas fiquem para trás.
Ou que me acompanhem na ida
Só não tentem atrapalhar meu caminhar.
Não vou mais parar.
Nem lamentar.
Isso é meu, e eu mereço
Se não for não será
Se era pra ser,
não posso me arrepender

Seja feita a vontade do grande Ka

domingo, 2 de outubro de 2011

Faísca

Pois é, as coisas andam calmas. E por incrivel que pareça melhorando. Estou me observando mais e descobrindo as minhas próprias paranoias. Coisas que acabo exagerando e coisas que acabo deixando de perceber. To ficando mais calmo. Não me stresso mais tanto quanto me stressava. A pressão não me causa mais tão mal quanto antes. Aprendi que depois de uma boa noite de sono as coisas se acertam. Não precisa achar que é o fim de tudo, chega de melodrama.
As coisas nunca saem como o esperado. Mas as vezes o mundo nos surpreende. O que é interessante, porque por mais que você espere os mais impossíveis cenários, o mundo da um jeito de vir com algo completamente diferente. Talvez seja essa a mágica de verdade. Até um sorriso tende a surgir quando se para pra pensar nisso.
Mas de qualquer modo, não quer dizer que as coisas não estão menos complicadas. Estou numa correria desgraçada. Mas estou confiante e sinto que posso dar conta do recado. Mesmo os assuntos se relacionando, e se barrando. Acho que tudo vai acontecer no tempo certo. De certo modo.
De qualquer jeito, vamos ver no que da. Estou lutando pelo que acho certo, e procrastinando o que não quero.
É a vida oras. Como sempre.


terça-feira, 27 de setembro de 2011

A curiosidade deixou o gato com insonia

Merda. O dia tava indo tão bem, nem mesmo a nota da prova pode me deixar cabisbaixo. Estava feliz e simplesmente entusiasmado. Mas essa pessoa conseguiu. Conseguiu destruir minha felicidade. Ou pelo menos me deixar com um ciúmes incrivelmente paranoico. "Eu realmente não posso te contar". Como assim, o que você foi fazer afinal. Me sinto com uma volúpia de emoções. Raiva, desespero, desesperança, agonia, ciumes. Não consigo acreditar que sentiria algo assim logo agora. Merda. Não consigo dormir. Tive que vir aqui desabafar. Que raiva. Logo quando o dia tava tão bom me surge essa. E pior, agente começa a pensar se realmente vale a pena. Afinal se acontecer o pior temos que estar preparados com uma saída de emergencia. E o pior. Oportunidade é o que não falta. De repente aquela outra pessoa te deu oi e resolveu sorrir pra você devido a uma brincadeira que só eu e ela vimos. Ou até aquela pessoas desconhecida que cruzei no shopping um par de vezes, de repente passar por mim no fim da noite no ponto de onibus e eu acabar me vendo encarando ela enquanto andava. Não sei não sei. Deus nem tenta me ajudar a me decidir. Quando eu acho que me decidi, o mundo tende a descrença. E eu não quero me machucar. Cansei se acreditar, botar fé, crer em um relacionamento que não existiu, nunca existirá e nunca teve possibilidade de existir.
Só queria que as coisas fosse mais leves. Se encaixassem direitinho como um quebra cabeça. Mas é como se tivesse faltando muitas peças nessa vida.

"Cola o teu desenho no meu, pra ver se cola
Cola o meu retrato no teu e me namora" ♪

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Primavera

Nos trouxe um pouco de alivio emocional. De repente as coisas vão meio que se aconchegando. Meu medo vai se dissipando. Ou estaria eu me acostumando? Acho que o pior já passou. Agora acho que a tempestade ja deu lugar à calmaria. Tudo vai ficar bem no final das contas. Acredito que de agora em diante as coisas vao melhorar. Já vejo algumas mudanças e algumas promessas para essa primavera. Me sinto triste ou talvez seja só minha ansiedade falando. Mas no mais a mais, quero poder descansar de novo. Essa semana foi menos agitada que o normal. E tive um tempo pra mim e para pensar nas minhas besteiras de sempre. Acho que estou me apaixonando talvez. Eu não achava que acabaria sentindo isso por essa pessoa. Talvez seja um erro. Mas acho que finalmente estou começando a entender.
Não se trata da pessoa certa ou errada. Não sei de onde vem esse medo estupido de que estou me apaixonando pela pessoa errada. Não é como uma história onde você não sabe quem será a pessoa certa e fica preocupado torcendo pra personagem errada. Não se trata de ficar esperando novas paginas e paginas de historia esperando que algo mude, que algo desperte. É nossa e somente nossa a decisão de quem escolher. De quem vale a pena arriscar. Não é mesmo? Não importa que tipo de resposta você esteja esperando se você está fazendo as perguntas erradas.
O certo é isso. É nossa escolha. É nossa decisão. E as consequências de tudo também é nossa.
As vezes parece tão simples. Mas demora para conseguir ver o quadro todo.
Ando descobrindo que meu maior defeito é aquilo que eu mais odeio nas outras pessoas.
Sempre reclamei das pessoas que passam a vida olhando tudo superficialmente, e não prestam atenção aos detalhes. Mas acabei que eu fazia justamente o oposto disso. Me perdia em detalhes e esquecia de ver a figura toda. Ficava tão cego com certas coisas que acabava esquecendo para que elas serviam.
Posso dizer que estou começando a entender melhor as coisas.

domingo, 18 de setembro de 2011

Sos

Não aguento mais. Esse sentimento. Essa angustia. Essa paranoia. Essas trevas que me circundam. Essa nuvem escura que tapou meu céu e não consigo mais enxergar nada .
Me desespero mais facilmente e cada vez mais que o normal. Estou com medo. paranoico. Meu corpo, minha saude, minha vida. Quando isso vai ter fim meu Deus? Eu só queria ser feliz. Viver normalmente. Respirar aliviado. Mas não consigo. O que há de errado comigo? estou ficando cada vez mais depressivo. Uma angustia que nao me sai do peito. Uma vontade de chorar. De voltar pra casa. De dormir com meus pais. De me encolher cada vez mais e chorar todas as dores do mundo. Quero que tudo isso passe. Quero que desapareça. Quero ser feliz. Quero ajuda. Quero gritar por socorro. Não quero mais sentir isso. Não quero mais ficar triste. Depressivo. Não quero mais sentir pena de mim mesmo. Não quero mais usar de desculpas por minhas falhas. Não quero mais ser aquele que podia ter acertado. Não quero que minha vida acabe agora. Me assombra o pensar em morrer. Me assombra o pensamento de que minha vida pode acabar num piscar de olhos. O que há de errado comigo meu deus? Existe alguem com uma resposta pra isso? Existe alguem que possa me ajudar? Só queria parar. Queria não querer chorar. Queria conseguir dormir a noite. Queria não sentir a morte da esperança. Quero viver! Viver! O quanto eu puder e como eu puder. Não quero nenhuma maldição pra cima de mim por um deus ausente.

Não.

Não quero ter minha vida tomada por esses sentimentos.

Esse não sou eu. Não sou assim.

Talvez eu realmente precise de ajuda.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Lagrimas de criança

Não sei muito bem sobre o que escrever mais. Aquela urgencia de escrever algo, de traduzir em palavras certos sentimentos, nao me acomete mais como antes. Apesar de andar me sentindo melancolico, nostalgico, e com medo, muito medo, sinto que não tenho ninguem para falar sobre esses assuntos. E isso me amedronta muito. Não tenho ninguem pra contar no meio da noite que eu tive um pesadelo que me deixou com medo, ou que de repente me deu um assombro de não querer morrer ou de não querer perder pessoas proximas. Não ter ninguem para ouvir nossos enganos, nossos sonhos desiludidos, nossos choros, nossas dores, nossos sangramentos, nossas feridas. Sentir que não pode se apoiar em ninguem, e que ninguem é capaz de ouvir e te entender. Um sentimento que surge de noite, toda noite, quando estou prester a dormir. Conseguir chorar e rezar pra um suposto Deus que nem sei mais quem é. Rezar para tudo isso passar, para poder dormir mais uma noite boa de sono como nos velhos tempos. Poder simplesmente andar por ai e pedir uma coca-cola caso sentisse vontade, sem entrar numa briga psicologica sobre a própria saúde. Poder dormir sem o medo de de repente ter um ataque, e não ter ninguem pra te socorrer. De que ninguem estaria lá para te salvar nos momentos em que você precisa. Me sinto só. Muito só. Não me refiro a amigos. Tenho muitos amigos que eu tento me entreter com eles, me distrair com seus problemas, seus defeitos, suas características, suas ideias. Mas de noite sempre vem essa sensação de que eu posso estar fazendo tudo em vão. Que em questão de minutos eu posso perder tudo, e simplesmente não faria a minima diferença para o mundo. Não consigo mais dormir direito. Deitar e simplesmente adormecer, pensando nos problemas futeis e frivolos, como o olhar daquela pessoa que você gosta ou a amizade que determinada pessoa acabou se formando. Ou sobre como vou organizar meu tempo para ver minhas séries e animes enquanto estudo para provas e faço trabalhos. Ou sobre como ir para a udesc pode ser algo interessante. Essa ansiedade de coisas novas pouco a pouco me deixam o coração. Me deixam uma angústia muito forte no peito. Algo que eu nunca senti antes. Me sinto na vontade de escrever cada vez mais rapido, para tentar transformar esse sentimento em palavras da melhor maneira possivel. Mas as palavras me fogem. Não quero morrer. Não quero deixar nada pra traz. Não quero que ninguem mais se machuque. Mas o que dói mais e não ter ninguem para ouvir isso. Não poder simplesmente virar para o lado e abraçar alguem e sentir que eu posso abaixar minhas defesas e minhas preocupações e simplesmente me contentar com o existir, com o aqui e o agora. Quanto mais o tempo passa, mais sinto a efemeridade das coisas. E não tenho palavras para descrever o quanto isso me assusta. Sobre o fato do tempo estar passando, e nada acontecendo, e as chances sendo desperdiçadas pouco a pouco. Os filmes que nunca terminei de ver. Os livros que nunca terminei de ler. As desculpas que nunca consegui dar. Os eu te amos que nunca consegui dizer. Todas os sonhos diários que nunca consegui completar.

Me sinto frio. Só. triste. e completamente mortal.

Ser humano triste.

Pra que nascer se vamos morrer?

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

De repente tudo me volta a cabeça

Nostalgia talvez seja a palavra certa. Pessoas. Pessoas que me fazem falta. Uma saudade da presença delas. Uma amizade é sempre diferente da outra. De repente percebemos uma falta de certos momentos. Momentos que só passamos com aquelas pessoas. Coisas que só aquelas pessoas percebiam e entendiam. Conversas que só podia se ter com elas. Por mais que o tempo passe as vezes da uma vontade de voltar. De poder fazer certas coisas que antes a gente fazia. O pior é, da uma vontade de ver, testar, experimentar. Uma curiosidade do tipo "como seria se nos encontrássemos agora para conversar". A gente muda tanto, a gente faz tantas escolhas, cresce, pinta, muda, esquece. Mas ainda há aquilo que nos uniu. E eu sou fascinado por isso. Essas histórias. Essas continuidades. Essas melhorias. Ah ... se as coisas fossem mais simples

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Esses olhos azuis me fascinam cada vez mais...

quarta-feira, 27 de julho de 2011

O Cisne

As coisas mudaram. Parece que essas férias tornaram tudo diferente. Como se tivesse jogado minha vida, minhas expectativas, meus ideais, minha personalidade, minha família, tudo dentro de um saco, remexido com força e atirado pra uma nova direção completamente diferente. Está tudo embaralhado, e o que eu esperava que aconteceria parece que não é bem assim. E eu me vejo sozinho de certo modo, sabendo que no final eu vou ter que enfrentar certas coisas só eu mesmo, mas nunca imaginei que fosse tão cedo.
De certo modo tudo parece novo. Tudo se pondo no lugar. Tudo se encaixando. Como se esses momentos de felicidade e marasmo fossem um presságio de boas esperanças. Minha familia me deixa feliz. Esses dias que passei com meus pais e meu irmão foram ótimos, e com um grande senso de união, de harmonia. Como instrumentos diferentes tocando no mesmo tom e a mesma música. Claro alguns problemas não deixam de aparecer, mas isso é normal da vida em si.
No mais, estou feliz. Uma felicidade vinda da própria existência. De saber que se é capaz, de que se tem algo a espera prestes a abrir a porta dos milagres e mostrar a cara. Claro que eu sempre sou assim quando beiro ao futuro desconhecido. Eu me empolgo, eu sinto essa vívida força misteriosa que é inexata, que muda constantemente, e isso na verdade me fascina. De certo modo me motiva. A mudar o que não da certo, a crescer, a tentar novas coisas.
De certo modo tudo parece se juntar e se misturar, e eu aprendo bastante com tudo isso. Conheço cada vez mais a mim mesmo e fico grato por essas experiências que me foram dadas. Certas coisas parecem tão certas não é mesmo? Tão programadas. A gente nunca sabe o que vem pela frente. É verdade.
Espero continuar crescendo. E poder ajudar as pessoas ao meu redor a ver essa luz. Fazer as pessoas verem o que eu vejo, sentirem o que eu sinto. Falando assim parece um pouco egoísta, mas é a ultima coisa que eu quero parecer. Não é que eu tenha as respostas, mas as pessoas pararam de se perguntar. Não só sobre o mundo, sobre filosofia, sobre a arte e as pessoas. Mas principalmente sobre si mesmas. Conhecer a si próprio. Melhorar. Tentar se entender, e ver o que está de errado consigo mesmo e tentar pelo menos fazer alguma coisa com isso.
Acho que isso é uma das coisas mais importantes a se filosofar. Sobre o clássico conhece-te a ti mesmo. Mas o que realmente significa isso? O quão fundo se pode ir em si mesmo. Nossas manias. Nossas mentiras. Nossos segredos. As consequências de nossos atos. Nossas injustiças. Nosso egoísmo.
São coisas que nós tentamos esconder de nós mesmos, e que se prestarmos atenção e ouvirmos a voz que vem de dentro, agente percebe alguém que nos fala o que estamos fazendo de errado. Ou que nos aconselha. Uma criança deixada pra trás que muitos deixaram de cultivar. As respostas sempre são simples. Elas estão ai na nossa frente. Basta ter a coragem de acreditar nelas.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

"Porque aprendi, que a vida, apesar de bruta, é meio mágica. Dá sempre pra tirar um coelho da cartola. E lá vou eu, nas minhas tentativas, às vezes meio cegas, às vezes meio burras, tentar acertar os passos. Sem me preocupar se a próxima etapa será o tombo ou o voo. Eu sei que vou. Insisto na caminhada. O que não dá é pra ficar parado. Se amanhã o que eu sonhei não for bem aquilo, eu tiro um arco-íris da cartola. E refaço. Colo. Pinto e bordo. Porque a força de dentro é maior. Maior que todo mal que existe no mundo. Maior que todos os ventos contrários. É maior porque é do bem. E nisso, sim, acredito até o fim. O destino da felicidade, me foi traçado no berço.”
-Caio F.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Abra essa porta, vai por favor

Agente espera, e o universo nos surpreende quando agente menos espera. Agente não age na hora certa e por mais preparado que agente esteja, por mais vezes que tenhamos repassado a cena nas nossas mentes, inventado diálogos, inventados finais alternativos e diversos meios de fazer aquilo, o ser humano parece tender às piores escolhas possíveis. Sempre nos calamos quando temos de falar, desviamos o olhar quando devemos encarar, nos escondemos quando devíamos gritar. Quanto mais o tempo passa, mais as coisas caíram na rotina, no tangível porém incômodo. Mas o que parece quase surreal, é a vontade de lutar pela vida que surge de ambos os lados. Essa esperança que surge, essa pequena fagulha que a cada dia é renovada. E a verdade é que por mais que se queira aquilo, parece que o mundo não tem lugar pra isso. Ao mesmo tempo em que, as coisas parecem se acertar de pouco em pouco. E o final se aproxima.
Talvez não seja o final. Eu duvido que as coisas acabam desse jeito, eu tenho descoberto que as coisas continuam. Eu gostaria de trazer algo novo pra esse blog, um novo tipo de pensamento, um novo tipo de vida, de filosofia; porém cada vez mais pareço bater nas mesmas teclas, sobre o mesmo otimismo barato que se vende e engana e ilude.
Mas as vezes da uma vontade de dizer essas palavras. De ter esperanças, de nos consolarmos diante dessa magnitude. Dessa força, chamada destino. Que quando agente menos espera, a vida nos atropela, não importa o quanto estejamos ou achamos que estamos preparados para ela. Algo nos surpreende e nos leva e nos força a mudar. E de repente você se ve perdido. E nessa perdição você se acha. Se encontra. Se conhece. E conhece uma capacidade muito maior daquela que você tinha.
Ok estou divagando novamente. Repetindo o que venho dizendo inumeras vezes nesse blog. Que por mais depressivo que as vezes aparenta ser, como eu já disse é um desabafo. E minha alegria também é expressada, minha esperança contínua e fé cega e abastada por ilusões e olhares.
Por mais que você espere do lado de fora, esperando que a pessoa descubra que você está ali e de repente abra a porta, nesse momento especial que você sente que é aquela pessoa que você tanto quer. Nesse momento você entende que a porta na verdade não se abrirá e mesmo que ela se abra, a pessoa errada sairá. Porém ainda há uma pequena chance. Uma ínfima chance. Mas que faz tudo valer a pena. E de repente tudo parece mágico e novelístico, incoerente e amargo. Venenoso.
Abre essa porta vai, por favor

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Eu me sinto às vezes tão frágil, queria me debruçar em alguém, em alguma coisa. Alguma segurança. Invento estorinhas para mim mesmo, o tempo todo, me conformo, me dou força. Mas a sensação de estar sozinho não me larga. Algumas paranóias, mas nada de grave. O que incomoda é esta fragilidade, essa aceitação, esse contentar-se com quase nada. Estou todo sensível, as coisas me comovem.

-Caio F. Abreu

terça-feira, 21 de junho de 2011

Tic Tac

O tempo se esgota. Desilusões é o que me restam. Por mais que eu tente acreditar, eu sei no fundo que nada vai acontecer. Que é um erro. Que provavelmente estava tudo na minha imaginação. Ainda tem um pequeno tempo. Se os bons ventos estivessem a favor. Mas eu sei que não estão. Eu sei que no fundo o tempo acabou. E só me resta mais uma desesperança. Só me resta a sombra do que quase foi.
E ainda dói.
E ainda me falta o ar.
Cada vez mais

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Mananciais no deserto

Porque sempre que tudo parece tão proximo, tão tangivel ao mesmo tempo tudo desaparece? As vezes as coisas acontecem tão facil mas quanto mais você quer uma coisa mais parece que as coisas não querem você. As oportunidades somem, os acasos nos condenam a dias e mais dias e horas e mais horas de expectativa e quando você cria esperanças de "é hoje", parece que tudo conspira contra. Porque as mensagens sempre parecem tão promissoras, tão esperançosas, sendo que parece que cada vez mais parece intangivel, inalcançavel. Me falta cada vez mais o oxigenio e a vontade de simplesmente gritar é assustadora.
Talvez esteje exagerando, sempre tendo a ser dramático quando o assunto é esse. Mas parece que toda lição que agente aprende, parece que no final agente n ganha merda nenhuma. E ainda mais agora com duas semanas ainda. Quando você espera que o universo haja de determinada forma, o caos se instaura e uma desordem tremenda te pega de surpresa.
Quando você menos espera o tempo passou, a pessoa desapareceu, ou até mesmo o clima parece subitamente mudar e te punir. Sendo punido por anos a fim, sem encontrar meu manancial no deserto.
Ah Deus, não seja tão duro comigo
O caminho já é difícil por si só,

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Insustentável leveza do tempo

Novamente, o tempo me trai. Distrações, trabalhos, faculdade. Tudo acontece numa velocidade extraordinariamente rápida. Eu sabia que isso ia acontecer. Eu tinha essa noção, mas achava que até a hora chegar, alguma coisa já teria acontecido. Mas não, tudo se estagnou. Acasos e descasos distanciaram nossos caminhos e parece que sem querer nos acostumamos a algo que não sai do imaginário. E isso vai sumindo. Parece que não tem mais tanta importância, e só sobra o espectro de tudo que poderia ter sido. Porém ainda me resta algum tempo, e mesmo depois. Mas depois seria tarde de mais? Provavelmente, eu sei que se não for agora, não será jamais.E isso é até triste, por varios motivos, não só pela minha solitude. Mas ainda assim, algo me diz com cada vez mais força "faça alguma coisa". Se abra, saia dessa gaiola. Você se esconde sérgio, atrás de inumeras mascaras e artimanhas, deixando pessoas afastadas num raio seguro. Impossibilitando as pessoas conseguirem te alcançar. Saberem o que você pensa. Saberem o que você sente. Você se acostumou com isso, e se você não consegue se abrir pra ninguem, solidão é o que lhe resta.
Então. Só me resta tentar mais um pouco. E a esperança vai sumindo pouco a pouco. Porque eu sei que não vai ter um momento certo conspirado pelo universo. Não. Não dessa vez, o acaso vai me enganar e enquanto você espera o momento certo, todos os momentos errados já passaram pra você fazer alguma coisa.
É isso.
Fazer alguma coisa.

sábado, 4 de junho de 2011

Fantasmas

Poderia dizer que está tudo certo. As coisas parecem todas no seu lugar, e um turbilhão de possibilidades se apresenta a minha frente. Mas tudo parece velho de cara nova. O que me amedronta de certo modo. Como situações passadas, pessoas parecidas, pessoas que representam algum fantasma do meu passado. E a situação se alastra de uma maneira quase de deja vu. E eu sinto que as vezes preciso parar e refletir sobre o que é o melhor a fazer. Se eu me recusar a acreditar em algo por "já ter vivido essa experiencia antes" ou se eu simplesmente esteja cometendo mais um erro achando que essas pessoas são fantasmas do meu passado. Porque as vezes parece que uma voz me diz "Essa pessoa não é a mesma do seu passado", e eu entendo que é real. Mas a situação é parecida.
De qualquer modo, essas situações parecem ter vindo todas juntas. E eu não sei escolher. Porque é tão parecido e satisfatório. Parece que posso simplesmente seguir por um dos caminhos que tanto sonhei, o problema é que resulta no abandono de tantos outros. E eu simplesmente não sei o que escolher. Ou talvez eu saiba, só que o que eu quero ainda está demasiadamente longe e o fato dos outros caminhos parecerem mais faceis da a impressão de que tenho alternativas. Mas novamente seria um erro? Escolher sempre o mais difícil pra inconscientemente me sabotar e nunca conseguir aquilo que sempre quero? Ah as incertezas da vida.
Mas acredito que ando tratando tudo de um jeito novo. De pouco em pouco ando aprendendo e me impondo. Sem pressa. Não sou mais aquele menino fascinado, querendo tudo de uma vez. Quero as coisas certas, no seu tempo certo. As coisas não acontecem tudo de uma vez, elas acontecem devagar e vao se abrindo. Agora eu entendo isso.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Sobre ter 19 anos (e algumas outras coisas)

"Em 1967, eu não fazia a menor ideia do tipo de história que poderia escrever, mas não importava; confiava que ia reconhecê-la quando ela cruzasse comigo na rua. Tinha 19 anos e arrogância. Sem dúvida arrogância suficiente para achar que podia cozinhar um pouco minha inspiração e minha obra-prima (como tinha certeza que haveria de ser). Acredito que aos 19 a pessoa tem o direito de ser arrogante; geralmente o tempo ainda não começou suas furtivas e infames subtrações[...]Dezenove é a idade em que você diz: Cuidado, mundo, estou fumando tnt e bebendo dinamite, por isso, se você sabe o que é bom pra você, saia do meu caminho... aí vai o Stevie.

Os 19 são uma idade egoísta, que restringe severamente as preocupações da pessoa. Eu tinha muita coisa na minha frente e era o que me importava. Tinha muita ambição e era o que me importava. Tinha uma máquina de escrever que carregava de uma porra de apartamento pra outra, sempre com alguma coisa para fumar no bolso e um sorriso na cara. Os compromissos da meia-idade estavam longe, os ultrajes da idade avançada, além do horizonte. Como o protagonista daquela música de Bob Seger, que agora eles usam para vender caminhões, eu me sentia infinitamente poderoso e infinitamente otimista; meu bolso (estava vazio, mas a cabeça estava cheia de coisas que eu queria dizer e o coração cheio das histórias que queria contar. Parece sentimentalóide agora; soava maravilhoso então. Soava muito tranquilo. Mais que tudo, eu queria penetrar nas defesas dos meus leitores, queria rompê-las, capturá-las e trocá-las, para o resto da vida, por nada mais que histó­rias. E sentia que podia fazer essas coisas. Sentia que tinha sido feito para fazer essas coisas.

[...]
Aos 19, podem mandar você parar no acosta­mento, sair da porra do carro, levar sua dolorida queixa (e sua bunda ainda mais dolorida) para o meio da estrada, mas não podem apreendê-lo quando você senta para pintar um quadro, escrever um poema ou contar uma história, pelo amor de Deus, e se por acaso você, que está lendo isto, é ainda muito novo, não deixe os mais velhos e suposta-mente mais vividos lhe dizerem nada diferente. Certo, você nunca es­teve em Paris. Não, você nunca correu com os touros em Pamplona. Claro, você é um moleque que três anos atrás ainda não tinha cabelo debaixo do braço... mas e daí? Se você não começa grande demais para sua calça, como vai caber dentro dela quando crescer? Deixe que ela rasgue, não importa o que os outros digam, esse é o meu ponto de vista; sente-se e fume a calça."

-Stephen King

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Há quem decore a vida na ponta da língua, outros rabiscam o próximo passo na ponta do acaso

Aqui, nessa estação, onde um outono instrumental inspira a queda das palavras, minha força escorre poemas pelo cedro desse palco, assim como meus pés cravam a fidelidade aos sonhos desses guris atrevidos que aqui brotarão virtuosos, aguerridos com seus estilingues de cordas vocais de nylon e de aço, apedrejando a covardia dos homens secretos a si.
Fábula em partituras da Gata de Botas! Maria e seus Joões cantam o caminho de volta para o íntimo, hasteiam leves uma bandeira toda bordada de mocidade, doces rendas melódicas, ponto a ponto terras descobertas, a cada acorde um ensaio para acordar um moço jeito de existir. Sem a intenção de trocar de mundo, apenas unir quem não coube em sua acidez.
Inventemos aqui, nesse solo fértil, veraneio da arte, palco do palhaço “ Randevu”, um baile de amigos empleno velório do falecido monstro que cobria o horizonte de quem ama o que se pode ser. Aqui jazz uma solidão ignorante. Naufragam agora todas as farsas escritas pelo cão. Dionísio, arauto de tudo que se une fantasticamente, abre alas desse concerto para os desconcertados se banharem. A partir de hoje uma nau de solidão navegará aliviada dos apegos impossíveis, e uma nova geração desvendará a ilha daqueles que sonham antes de dormir.
Notas serão como uma leve pluma, lançadas ao vento com destino certo: afago no espírito, cócegas na alma, mimo na paz, inibir agonias, afrouxar todo o receio de ser devaneador. Na Rua do Acalanto, primeiro peito franco à direita, casa de janelas sempre abertas e dispostas ao novo, jardim de lindas rosas de espinhos prósperos, varanda ao infinito, mansão cor de legítimo coração, em frente ao público dessa nossa solidão. Ali a pena dançará e nenhuma câimbra na felicidade, nem faíscas de isolamento nos fará desistir de estarmos “todos juntos”.

-Caio Sóh no Dvd da Maria Gadú

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Bons ventos, ar puro e frio

Depois do que pareceram duas semanas agitadas emocionalmente, um alivio, um descanço finalmente. Um peso enorme parece ter caido e um momento de paz se instaura por pouco. Ultimamente ando aprendendo a aproveitar esses momentos. Momentos que você pode acordar e dormir sem preocupações e pode tomar um belo banho quente e ficar alguns momentos sem pensar em nada soh vendo a agua escorrer. fechar os olhos e simplesmente não desejar estar em nenhum outro lugar, fazendo outra coisa com outras pessoas. Um bom tempo. Uma calmaria. talvez seja essa chegada de inverno, esse ar frio que parece deixar tudo mais lento. Que cada respiração se torna difícil mas ao mesmo tempo mais vívida. É esses dias são especiais e merecidos. Renovam a nossa fé, nos fazem otimistas e ajudam a acreditar que as coisas podem dar certo afinal, mesmo que certas coisas ainda pareçam obscuras. Ah os ventos estão a meu favor, a vontade de navegar cada vez mais pra um destino que nem eu pareço conhecer, em busca de um sonho branco, como aquele velho capitão resmungão Ahab e seu desejo incrivel por vingança pela baleia que ferira seu orgulho. é talvez seja tempo, de navegar e procurar mais um pouco. Aquele sonho branco.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Vazão

Não me aguentei e tive que postar novamente. De repente um vislumbre, uma nostalgia do passado me acometeu. Não sei se são os fatos triviais que andam acontecendo na minha vida, certos encontros, pessoas do meu passado. O que eu acho mais interessante é como essas pessoas ainda vivem na minha vida, como um passado vivo que está lá, por mais que esteja longe, está lá. Por mais que a vida as vezes pareça um seriado de televisão onde de repente nos vemos numa "nova temporada" com um grupo completamente novo de pessoas, com outros objetivos, novos problemas, não é bem assim que as coisas acontecem. Está tudo acontecendo ao mesmo tempo. Tudo real, vivo, pulsando. E hoje em dia eu sinto isso muito mais forte. Essa ligação. De como as coisas nunca acabam. De como as coisas de repente voltam, e se transformam em coisas novas, e quando você percebe você é algo novo, e isso não é ruim. Muito pelo contrário, você se transforma, se eleva a outros niveis, aprende a trabalhar com o melhor de si, e nunca volta ao tamanho normal. E é isso que eu acho incrivel, e é isso que eu prezo. Nisso que eu acredito, nesse aprender constante, nesse extrair o maximo de tudo que for te dado, por mais que não seja tudo aquilo que você gostaria ou deseja no momento. E muitas vezes você descobre que era aquilo que você precisava, que por mais que tudo pareça um inferno, que você não ve uma saída para aquilo que está atravacando seu caminho, mas no fim a vida continua, por mais que agente seja forçado e atropelado por ela, agente aprende muito. E eu realmente me sinto estupefato, com essa quantidade de experiencias que a vida pode surgir. Não é algo magico, acho que ultimamente ando muito mais cético do que gostaria. Mas não é algo sem motivo. Não. Existe uma razão pras coisas acontecerem. Talvez não seja uma razão divina, mas com certeza há uma razão, mesmo que seja uma razão trivial. E é isso que de certa forma me move, não por acreditar num futuro certo, mas pela certeza do futuro incerto que me impressiona cada vez mais. As coisas mudam. As pessoas nos surpreendem. E quando você menos espera, está ai batendo na sua porta, aquilo que vai mudar a sua vida.

Náufrago

Sufoco-me nesse sentimento cálido. Um desespero me toma conta e todo tempo do mundo é pouco tempo pra tudo que quero fazer. Tudo que quero tentar. Tudo que quero analisar. O mundo não espera. O Mundo me atropela. Me trouxe algo e esse algo está tão proximo, está tão perto. Mas tantas outras vezes não esteve também? E que horrivel desfecho se fechou? O que era, não passava da minha ignorancia e inoscencia. Meus enganos, meus erros e minha fé cega numa justiça. Não. Não quero acreditar nisso, não quero deixar essa pessoa perto. Perto o bastante pra me machucar. Perto o bastante pra me desiludir. Por mais que tudo parece ser real, sempre parece não é? Não quero me precipitar, não quero olhar e ver essa pessoa virando os olhos pra mim, não quero ve-la olhando para outra pessoa. Não quero acreditar que tenho alguma chance. Me falha essa expectativa, essa esperança pequena mas que ainda corrói. E de todos os sorrisos, de todos os olhares, de todos os encontros casuais. Não passarem de algo completamente trivial. Não não quero correr esse risco. Até onde é seguro ir? Até que distancia da praia meu barco deve navegar para se sentir livre? Posso encontrar a terra e o mundo se simplesmente velejar sem me preocupar. Mas meu barco já afundou diversas vezes, quando todos os ventos pareciam favoráveis. Parece que estou simplesmente cansado de remar.


sexta-feira, 29 de abril de 2011

Gaiola

Não sei bem o que dizer, uma montanha-russa me invade. Sentimentos opostos, caminhos divergentes, uma incerteza pura de como proceder. As vezes minhas verdades caem por terra, as vezes elas me sufocam, as vezes não consigo mais acha-la. Será que essa verdade continua sendo verdade? Não sei mais ao certo. É duvidoso, mas ainda assim eu sinto que é verdade. Apesar de tudo. Mas... o oposto também é verdade. O oposto também pode ser verdade. Se de repente eu me levantar e andar na direção oposta, pode se tornar a minha verdade. Estranho não? Não sei bem o que fazer. Porque parece tão mais facil. Mas o que posso fazer. As vezes os erros que cometi ano passado me impedem de agir, e me deixaram fragil. Quase como se eu sofresse mais uma decepção, eu estou a ponto de desistir disso tudo.

"Oh the heart beats in its cage"

É, aprisionado, sufocado, querendo voar e simplesmente morrendo pouco a pouco por nao saber como escapar disso.

É

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Nova Geração

"Infelizmente, vivemos um tempo de intolerâncias postas à prova 24 horas por dia. Bullying, levar vantagem sobre o próximo, homofobia e racismo são esportes nacionais cultivados com muito gosto por legiões e legiões de preconceitos que chamam o seu defeito de atitude ("Eu tenho atitude, mano, e é isso que as pessoas não aceitam", ouvi outro dia um tipo desses defendendo a sua moral torpe). Quer dizer que atitude agora é esculhambar os demais e passar por cima da opinião alheia em prol de um gosto pessoal e, no mínimo, duvidoso? Então - queira Deus que não - estamos fadados a extinção."

Infelizmente é verdade. Dizem que esse geração é a pior até agora. Mas não acho que seja pelas bandas coloridas, crepúsculo e o caralho a 4, mas sim pela intolerância e preconceito que vem se espalhando rapidamente nos diversos gêneros. Isso não passa de opiniões diversas, gostos pessoais. Como se a minha verdade fosse uma verdade universal, egocentrica. "todos devem ser igual a mim". Meu Deus, não sei como surgiu esse tipo de visão do mundo, em que tudo que é novo não presta e que só se pode gostar do "melhor". Se alguem diz que algo é ruim, pronto, nem vou tentar comprovar, vou me recusar a ouvir e fazer um teatrinho pra mostrar pros meus amiguinhos que sou cool. Puta que pariu, são só gostos. O que leva uma pessoa a gostar de algo? Existem infinitas variáveis. Você não gosta só do que é bom. você não gosta só do que é politicamente correto. Não existe só um jeito certo de se viver Talvez essa seja mesmo a pior geração. geração felipe neto.



domingo, 17 de abril de 2011

Abstrato

De fato, abstrato. Olho pra dentro de mim e fica dificil achar uma palavra que expresse meus sentimentos nesse momento. Pensar fica dificil, expressar o que eu realmente quero. Porque parece que as respostas que eu fingia não ver de repente sumiram e só me restaram as perguntas, e eu sem saber o que fazer, me paraliso. entre se entregar, entre desistir e entre mudar. As coisas andam indiferentes. É algo novo pra mim, porque tudo acaba ficando indiferente, e eu vou ficando mais frio. Como se aquelas coisas que me fascinam por mero pensamento positivo, ou encantamento com o "sobrenatural do mundo" acaba cada vez mais rapido. De pouco em pouco o meu interesse se dispersa e eu me vejo mais sistemático. Não sei se isso é bom ou ruim, mas parece um pouco vazio aqui dentro. Não o mesmo vazio que tinha antes, não aquele cancer dominante. Estou feliz pra falar bem a verdade. Não diria que estou alienado, não. Eu estou filosoficamente mais completo. Meus pensamentos alcançam determinadas proporções que eu nem imaginava que eu conseguiria chegar. Não eu não sei o que acontece. Talvez eu tenha achado alguma resposta e nem esteja percebendo.
Mas algo mais importante. Tenho um caminho muito dividido na minha frente. Não sei direito o que fazer, ou se preciso fazer alguma coisa. De repente percebo minhas obsessões, meus erros e meus defeitos com mais frequencia, e consigo me policiar. De certo modo estou melhorando. E estou feliz. Parece até que minha ambição está saciada. Minha vida está levemente movimentada. Meus amigos andam cada vez mais interessantes. Mas porque isso parece tão... tão... abstrato. Tão incoerente. Talvez eu tenha me viciado na sensação de tristeza e de solidão e agora que realmente me acostumei e superei isso de vez, parece que eu sinto uma leve nostalgia com aquilo.
Eu sinto com mais frequencia que antes. Antes que eu mal sentia, que eu me paralisava por não saber o que sentir, hoje vem de pouco a pouco, me tornando mais humano, mais normal. O que não é ruim. Eu aprendi a sofrer. Me deixei levar pelas ondas. E agora que parei de me debater em meio ao alto mar, comecei a flutuar.
É talvez deva dizer tomara que seja bom enquanto durar.

terça-feira, 5 de abril de 2011

"But aren't memories strange? Just when you think that you've forgotten about
something, it comes floating back into your heart. I guess it's just lying there in wait.
Waiting for that right moment... Why, we might even remember this very moment someday!
In 10, 20 years... when we're all grown up and married, and have kids of our
own... Then one day... When that time comes, I wonder what kind of adults we'll
be? What kind of life will I be leading...? I wonder what to make of this
day...?"

sábado, 2 de abril de 2011

Progresso

Quando agente se ve colocado contra a parede, agente soh pode ficar mais forte. Mudar é. E mudanças acontecendo, agente vai aprendendo e crescendo. Ficando cada vez mais forte. Parece que tudo pode dar certo, só preciso me adaptar. Mesmo quando as coisas vao mudando novos rostos, novos amigos, novas profundidades. Isso é interessante. Até que ponto afinal? Sao novas perspectivas, novas experiencias, novas pessoas trazendo novas conclusões.
Me Pergunto se tudo isso eh capaz de ter um sentido, sendo que parece seguir uma ordem logica de acontecimentos. Mas não acho que seja importante saber isso por enquanto. Mais tarde talvez. Mais tarde.
Com o tempo agente vai aprendendo.
Com o tempo.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Uma queimação que vem de dentro...

...chamada solidão

A dor do só as vezes abate, hoje com mais força. Porque? Sem um motivo específico, só que de repente você se vê sozinho. Quando todas as pessoas parecem desaparecer e mesmo as que restaram não te satisfazem. Você quer alguem com quem contar, você quer alguem com quem você possa passar o resto do tempo pensando, você quer alguem pra sofrer. Porque não importa o que acontece, você deu forma a algo variável, obscuro e nebuloso. Mesmo que por pouco tempo, você passa a ter um porto seguro, uma praia de ondas calmas onde voce pode simplesmente boiar e direcionar toda sua atenção, felicidade e amor.
Mas as vezes me pergunto se isso é algo natural do ser humano. Schopenhauer diria que o amor não está ligado a felicidade. Que nossa insistencia em dar uma importancia tão grande ao amor esta subconscientemente ligada ao "Will of Life" ou seja a procriação. O que me leva a refletir se essa condição de amor ligada à felicidade, ou seja os romances, surjam simplesmente pela convivência social, sendo apenas uma convenção de como o amor deve ser talvez?
Eu sinceramente não acredito que Schopenhauer esteja certo. Não pela visao romancista do mundo; de tentar querer que o mundo seja um faz de conta. Mas se o will of life é pré requisito para a existência do amor, então caso o Will of Life não possa existir, logicamente não existiria o amor. Então a partir de um momento que um casal não possa ter filhos, logicamente o Will of Life não pode existir e se concretizar. nosso subconsciente diria "não há como você espalhar sua geração com essa parceira".
Sendo assim será que o amor simplesmente acaba assim?
Eu diria que tem algo maior e mais importante que o "Will of Life", que a meu ver não passa de uma desculpa pra quem se culpa demais por amar e precisa se convencer que amar é algo inevitável.
Segundo Schopenhauer também as pessoas tendem a amenizar as diferenças, ou seja, procurar parceiros que compensam determinadas caracteriscas (pessoas altas se apaixonam por pessoas baixas, etc) O que nos leva a crer que existiria supostamente uma direção tendendo a um equilibrio com o passar do tempo. Mais pessoas medianas. O que também não chega a se concretizar.
Talvez eu esteja me exacerbando em diversas partes, que eu sei que existe um contraargumento, mas se levantarmos essas questoes acho que talvez possa chegar a algum lugar diferente do que a natureza selvagem do ser humano

terça-feira, 22 de março de 2011

"Não! não me compreendeis...
Ouvi, atentos, pois meu amor se compõe do amor dos dois.
Hesitante entre vós, o coração balanço, o teu beijo é tão doce, Arlequim... o teu sonho é tão manso, Pierrot...
Pudesse eu repartir-me e encontrar minha calma dando a Arlequim meu corpo...e a Pierrot, minha alma!
Quando tenho Arlequim, quero Pierrot tristonho pois um dá-me prazer, outro dá-me o sonho!
Nessa duplicidade o amor todo se encerra um me fala do céu... outro me fala da terra!
Eu amo, porque amar é variar e, em verdade, toda a razão do amor está na variedade...
Penso que morreria o desejo da gente se Arlequim e Pierrot fossem um ser sómente.
Porque a história do amor só pode se escrever assim um sonho de Pierrot e um beijo de Arlequim!"

sexta-feira, 18 de março de 2011

Sonhos e Pesadelos

Now I lay me down to sleep, pray the lord my soul to keep
If I die before I wake, pray the lord my soul to take

Sonhos andam me incomodando, nao sei se realmente existe uma limiar exata entre pesadelo e sonho, quando um sonho deixa de ser um pesadelo e vice-versa. Mas ainda assim parece que os sonhos nos mandam mensagens. Mas que tipos de mensagens. Nao quero dizer algo mistico ou interestelar. Nao. Algo mais profundo, algo mais pessoal, como uma mensagem que não conseguimos ver, um pedaço de nós que ainda não esta completamente elucidado. Como uma região desconhecida num mapa. Certo, o que os sonhos realmente significam. Algo que nos perturba. Nossa mente provavelmente nos prega certas peças. Simbolicamente, talvez. Nos expressando, nos dando ideias, ou simplesmente nos tenta dizer algo ou ilustrar algo que voce nunca consegue sobreo traduzir em palavras.
Em vista nesse conceito, parte-se do principio que um sonho só faz sentido dentro do sonho. Nós pendemos da realidade subjetiva para a surrealidade e fazemos essa troca inumeras vezes. O que nós perdemos quando acordamos que a chave principal para o sonho desaparece? O que estamos esquecendo?
"Ah mas eu lembro do meu sonho" algo que eu realmente me ponho a questionar. Só lembramos do que lembramos, como ter a certeza de que lembramos todo? Algo martela por dentro me dizendo que tem mais. Algo mais. Algo incerto que agente perde ao acordar, como se só fizesse sentido num certo momento. E no resto agente perde essa limiar.
Ainda assim, algo me assombra. Meus sonhos, o que se escondem por tras deles? O que certos personagens reaparecem. Libertação. Neogenese. Solução.
Será que temos a resposta dentro de nós mesmos? É os sonhos me fascinam. Como a dúbia realidade de só ter meia certeza. A certeza dos acordados, que enquanto estão acordado não se sonha. Mas não passará tudo de um sonho afinal. Que acordaremos e esqueceremos como cada sonho de cada manhã? Ou será que a vida não passa de sonhos dentro de sonhos.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Um mundo fora dos eixos

Ainda que o mundo pareça de ponta cabeça, é o mesmo mundo não? Não. É um novo mundo. E assim como um novo mundo, novos personagens, novos desafios, mudanças. Só agora começo realmente a aceitar certas mudanças. Não foi simples ter que abandonar minhas expectativas. Não digo meus sonhos, nunca chegou a tanto, mas ainda assim, minha estagnação foi abalada, de um futuro que eu já conhecia, já tinha uma certa visão, isso foi tirado de mim e de repente me vejo num novo cenário, com novas pessoas, com um futuro completamente incerto. Isso me deixou meio que depressivo, certamente. Mas agora me sinto mais animado. Não que as coisas estejam melhores, não, ainda não me conformo com os passos de bebe que ando tendo nessa nova fase, e a pressão é muito maior, porque logo logo a agua vai ferver e se eu nao achar um lugar seguro parece que algo ruim vai acontecer. Mas ao mesmo tempo isso me impulsiona. Eu sinto mudanças ocorrendo, mesmo que em um grau pequeno. Nos cenários antigos, novas atitudes, novas manias e novas certezas. Algo implora por ser, um vir a ser que eu não conhecia, um novo lado misterioso. Ao mesmo tempo acho tudo fantástico. Como o que era um livro novo, com personagens novos, de repente abalado, virado de ponta cabeça, traz a tona personagens antigos, historias antigas, se cruzando novamente e de repente, o que pode sair disso? Isso tudo certamente me anima. Não que as coisas sejam tão grandes como eu faço parecer, mas certamente tem um certo grau de importancia, e eu acho que não há mal nenhum frisar isso. Certas coisas estão prestes a acontecer. Parece que eu vivo de repetição nesse blog, sempre à espera de algo maravilhoso que abale nossos mundos e vire tudo de perna pro ar como um passe de magica ou livro. Mas as coisas nunca são assim não é mesmo? Mas não quer dizer que não haja mágica no mundo. Acho que não pelo menos. As mudanças acontecem, a roda do destino vai girando, lentamente, imperceptivelmente, mas pouco a pouco as peças vão se encaixando, e acho que basta voce continuar sonhando e acreditando.
Me sinto um pouco blasfemico para qual minha filosofia racional, em acreditar em algo assim, sem ter pelo menos um embasamento real. Mas não sei, para uma pergunta existir é necessário esperar uma resposta não? Se não a pergunta não existiria. Agora achar a resposta é o caminho complicado.
Por fim percebemos que a nossa vida pode mudar a qualquer momento, e é um novo desafio, não é um abandono, é a nossa vida que tá ai. Mesmo que não seja a vida que pensamos, ela está acontecendo a cada segundo, por mais reviravoltas que ela tenha. É isso que no futuro iremos contar para os mais jovens. Ou guardar num baú de lembranças.
Eu não vou mudar não
Eu vou ficar são
Mesmo se for só
Não vou ceder
Deus vai dar aval sim
O mal vai ter fim
E no final assim calado
Eu sei que vou ser coroado
Rei de mim.

quinta-feira, 3 de março de 2011

terça-feira, 1 de março de 2011

Segundas Chances

Quando voce pensa em recomeçar, você geralmente se ve pensando por onde? Mas quando menos se espera, oportunidades surgem. Mas não são simples oportunidades, é o seu passado ali, ou o que poderia ter acontecido, como uma nova chance. Uma nova chance de escolher um outro caminho, de escolher sim pra quando você disse não. Mas será que a minha vida se resume a essas escolhas? Não foram essas escolhas que me definem hoje? Se eu simplesmente alterar uma escolha, escolher ir pelo outro caminho agora, não seria exatamente como jogar meu eu fora? Nunca parei pra pensar se é possivel isso, uma segunda chance aparecer e uma segunda chance melhor. Ou seria só uma prova do destino pra ver o quanto eu aprendi com minhas escolhas? Será que devo simplesmente mudar? Escolher alterar os residuos e tentar apagar meus erros? Uma nova folha sem nenhum rabisco? Passar a limpo? Não sei. Algo dentro de mim diz que não posso simplesmente esquecer ou apagar certas coisas. Porém fazem parte de outra pagina, ainda que seja uma segunda chance, essa segunda chance é diferente, é unica. Ainda assim me pego pensando. Seria essas chances viáveis? Seria o mais correto? Porque eu me sinto tão dividido assim? Talvez pelas possibilidades, se eu escolher abrir uma porta é igual a trancar todas as outras? Isso que me tortura, essa selvagem cegueira que me impede de ver os caminhos e ter de trilha-los no escuro, confiando numa fé cega em mim mesmo, que no final é só o que resta.
Ou talvez como sempre eu esteja fazendo muito de pouca coisa. Complicando o que deveria parecer simples. É talvez seja isso.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Antes que se passe um segundo você terá morrido cem mil vezes.

Achei que seria pior quando todos nossos sonhos fossem destruidos. achei que não aguentaria, que seria o fim. Mas agente acha forças mesmo não sei daonde. Uma fina camada de esperança e liberdade perduram. É algo interessante. Mesmo que agente sofra tanto, e a expectativa seja pior. É mas com o tempo essas coisas ficam mais faceis eu acho. De tanto agente ter as esperanças quebradas, agente acaba se acostumando. Mas aquele que sonha de mais se torna forte nao? Não é desistir de sonhar, talvez simplesmente continuar sonhando. É. Continuar sonhando. Mesmo que você esteja quebrado, perdido, caindo num poço sem fim. Continuar acreditando nas coisas. E se apaixonando por quem voce se apaixonar.
Eu não esperava isso hoje. É. Esperava muitas coisas. Nenhuma delas aconteceu, e ainda mais uma que eu não queria surgiu de repente. Me arrebatando. As vezes acho que tem alguem olhando la em cima por mim mesmo. Porque certos atos parecem estar ai pra me salvar de algo pior.
É, paciência. Tudo que posso fazer agora é voltar ao zero. Recomeçar. Continuar.
É a unica coisa que perdura. O unico caminho que sempre está aberto.
"Nada em mim foi covarde, nem mesmo as desistências: desistir, ainda que não pareça, foi meu grande gesto de coragem.
Caio Fernando Abreu

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

nãofazsentidonãofazsentidonãofazsentidonãofazsentidnãofazsentidonãofazsentidonãofazsentido
NADA FAZ SENTIDO
EU NÃO ENTENDO
NÃO CONSIGO PROCESSAR
É OU NÃO É
SIM OU NÃO?
AAAAAAAAH
EU TO ENLOUQUECENDO
NÃO CONSIGO ENTENDER
PORQUE AS COISAS PARECEM
MAS NÃO SÃO
MAS NÃO TEM PORQUE NÃO SER
TUDO INDICA QUE SIM
MAS NÃO É
POR MAIS QUE EU TENTE ENTENDER
NÃO CONSIGO NÃO CONSIGO NÃO CONSIGO

nao
nao faz mais sentido algum


terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Toda sua vida pode mudar num segundo. Do inicio, de todo os planos de todos os sonhos. Tudo muda tudo vira de cabeça para baixo quando você menos espera. Pessoas novas, amigos novos, um futuro novo. E tudo aquilo que você sonhou? Pra onde vai? Fica guardado? Tenho medo que fiquei guardado e acabe se transformando num cancer que te mata pouco a pouco e impede que novos sonhos nasçam. Mas algo me diz que no fundo é uma escolha nossa. Deixar nossos sonhos e planos morrer. Mesmo que seu futuro seja diferente, é nossa habilidade de mudar de nos adaptar. Não é deixar o seus sonhos, é ampliá-los. Não é simplesmente desistir. É aproveitar cada oportunidade. Não deixar isso te abater. É, vamos ver o que acontece.
Espero que Deus saiba o que está fazendo.
Nada mais.
Preciso dessa pessoa.
Não quero isso longe de mim.
Não acho as palavras pra me expressar.


segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Suave Veneno

Um pequeno incomodo, uma força me move e eu me sinto alegre. Sim, certos planos mais estranhos que pareçam servem como uma quebra da rotina de melancolias e desgraças. Mas no meio disso tudo sinto uma leve dor. Um suave veneno. Que pulsa por dentro. Uma respiração ofegante de tudo que podia ter acontecido mas não acontece. Por falta de sorte. Por falta de coragem. Pelo doce incomodo não favorável. Sei que certas coisas são só meu ego machucado que no fundo sabe que era melhor não acontecer. Mas algo ainda perdura perguntando "e se". Agente se sente feliz, mas será que tem como tirar o maior proveito possivel das situações? Será que se eu disser sim pra tudo e fazer tudo sem pensar, eu me sentiria satisfeito? Ou será que sofreria o mesmo veneno de insatisfação. Será que algo, algum dia vai bastar? Será que não devia simplesmente ver o lado "bom" mesmo que tantas vezes parece dificil enxergar? Aceitar o que acontece, como algo que não pode ser necessariamente apagado da história. Não é simplesmente "não fazer nada" ou "não ligar", é tomar responsabilidade pelos próprios atos. Talvez eu precise aprender mais sobre "compreensão". Saber aceitar o que vier, quando todas as opções parecerem distantes.
Não é desistir. É escolher. Não é deixar a onda te atingir e te carregar. É saber que a onda vai vir de um jeito ou de outro, por mais que as vezes agente queira teimar em acreditar que não.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Inefável

Não consigo explicar, não consigo entender. Me fogem as palavras. Tudo aquilo que sinto, tudo aquilo que quero. NÃO FAZEM O MENOR SENTIDO. AH. Eu quero gritar, eu quero correr, eu quero fugir. Quero que tudo isso acabe, quero que tudo isso suma. Quero não ter que me machucar, de novo e de novo e de novo. E não ter nem uma dádiva, nem um pequeno poço de esperança. Sufocado pela desilusão, pelas mentiras que conto para mim mesmo. Estou morrendo por dentro e matando aquilo que mais amo. Eu quero ser feliz. Só ser feliz. Será que é pedir de mais? Eu sei que a felicidade não está em outras pessoas ou em conquistas ou em objetos. Eu sei. Mas se lá não esta a felicidade, com certeza está a tristeza. Acho que devo me afastar do mundo, me privar de todo contato humano ou animal. De qualquer sentimento. Ser um ser humano feliz, sem motivos para me preocupar. Sem sofrer, sem sangrar, sem sentir essa angustia de que nada basta, nada me sacia.
Eu quero tanta coisa, ao mesmo tempo só quero uma.
E ainda assim.
me sinto um merda escrevendo esse texto.
Como se nao tivesse o direito de dizer estas palavras.
Mas entao eu paro e penso, "se é o que eu estou sentindo, por mais injusto e irracional que possa parecer, eu tenho que por pra fora" É MEU SENTIMENTO. É minha vida. Uma parte que eu não tenho controle. Eu não sinto dor quando espeto meu dedo numa agulha simplesmente porque os outros dizem que doem. Eu sinto porque estou vivo, e os sentimentos só fazem sentido pra mim. Portanto. Eu sinto não vou negar. Não digo que é justo. Não digo que é certo.
Mas digo que são meus. Eu não posso simplesmente repudiar algo que surge como "cortar o mal pela raiz" porque se esta nascendo, são uma soma de fatores. Portanto não me acuse de ser um ser injusto.
Gostaria de fazer sentido, mas como todo ser humano, estou quebrado, tentando achar as partes desse quebra cabeça.
Mas cada vez mais me sinto só. Como se vivesse com medo de dizer tudo que disse até agora.
Pelo simples fato de ser criticado, por sentir, por amar. De minhas palavras me condenarem. De que tudo isso seja um simples julgamento do que é certo ou errado. acho que tem coisas que não são certas, nem erradas.
Eu escolho a liberdade.
Mas essa liberdade me traz uma responsabilidade imensa.
Parece até cliche.
Mas é facil voce mandar um "oi" quando se le no horoscopo que voce está comunicativo hoje e seus objetivos vao ser alcançados.
É facil, trazer os amigos e manipula-los para que apertem sua mão na ora de mandar o "oi".
Mas difícil mesmo é ter que apertar o enter sozinho e sofrer as consequencias daquilo que você plantou.
É eu estou insanamente insano.
Ou nao

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Da Vangloria como Pecado

Parece que a partir do momento em que escrevi esse ultimo post, o mundo se voltou contra mim. De todos os presságios lindos e calorosos, surge uma maldição. Uma punição pelo meu pecado de me vangloriar? A desilusão, o pensamento dividido, o medo. O que parecia que tinha sumido, volta a tona e a certeza que antes tomava meu peito parece enevoada, difícil de enxergar. As palavras saem erradas. A voz falha. Tudo quanto é obstaculo parece me quebrar. A morte da esperança é um preço alto, um castigo para quem foi voar muito próximo ao sol. Estaria eu condenado pra vida? Ou será que ainda continua tangivel?
Me sinto um insano fazendo tamanha demagogia, como um palestrante auto ajuda falando sobre pensamentos positivos e milagres.
Mas a dura realidade, é que eu nada posso fazer até o tempo certo chegar.
Tenho algumas semanas ainda de estagnação
E então veremos o que pode ou não ser feito.
E a esperança a continua ardendo

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Profecia

Quero registrar aqui minha esperança e minha lucidez. Nesse post excepcional vou compartilhar o que eu chamo de sentimento profético. Me dói por dentro pensar que talvez essa sensação não seja real. Mas eu quero que isso se exploda agora!. Eu sinto e pra mim isso basta. Não importa o quão ilógico as questões parecem ser. Há uma razão e só por não estar conseguindo ver os fios se remendando e se costurando não quer dizer que nada esteja acontecendo. Por isso. Esperança! Sim.
Por dentre esses dias assombrosos onde pesadelos me atormentam a noite e tudo parece estagnado, parado, congelado e pré-disposto a se auto-destruir. Ainda há uma luz certa de esperança de que tudo isso está prestes a mudar. E que tudo isso vai abalar.
Tanta coisa eu superei, e aguentei, e compartilhei. E sinto que vou ser recompensado. Me sinto um religioso com uma fé cega esperançosa diante de uma profecia. Mas o que mais me assombra é esse sentimento de equilíbrio, paz e harmonia. Não que esteja tudo calmo. Não que finalmente esteja livre. Ainda tenho muito o que fazer. Mas esses presságios, esse sentimento de certeza.
É real.
Eu sei que é.
E quero que fiquei aqui registrado.
Que se algo acontecer, se eu estiver certo afinal.
É porque eu continuei acreditando mesmo quando tudo parecia incerto.

grato pela compreensão.


terça-feira, 25 de janeiro de 2011

"a estagnação não cessa simplesmente porque passamos a pensar positivamente. Existe muita ilusão sendo vendida no mercado sob a idéia de “pensamento positivo”. A teoria pode até ser bonita mas, na prática, a gente não muda as coisas apenas a partir do pensamento, mas sim – e principalmente – a partir de atitudes. Você sabe que não encontrará a atitude perfeita, mas vale pagar o preço e sair da estagnação. Melhor uma decisão não tão correta, do que a paralisia da indecisão."

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Petrificado

O momento parou, de tantas preces e acertos, eu queria ter mais coragem. A visão de um mundo de possibilidades me assombra, se por acaso esteja vivendo um sonho e se tudo isso não fizer sentido? Como eu posso simplesmente ter a coragem de dar um tiro na minha própria esperança. Seria mesmo esperança? O vicio na esperança. O vicio de ter algo que te segure. E então? O que fazer depois. Caminhar? Pra onde? Sem destino?
Mas por outro lado. Fascinação. O que aconteceria de melhor se o melhor fosse o caminho certo? Há tantas possibilidades. É como se a queda fosse mais dura que o aço. Mas se por um momento divino o mundo desaparecesse, e o que parece ser uma queda à um abismo eu descubro que é meu corpo flutuando entre as maiores dádivas. Ah Tentação!
Mas não sei se realmente se trata disso. É o viver algo duvidoso e ter medo da certeza. Pois é eu que tanto achava que jamais faria isso de novo. Continuo com medo. Petrificado pelas incertezas e assombrações de um mundo quase surreal.
Gostaria de uma certeza antes de pular desse penhasco. Mas acho que vou ter que pular e simplesmente aceitar as coisas que eu ganhar ou perder.
Infelizmente a vida é assim.
Você tem que arriscar.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Velho burocrata, meu camarada aqui presente, nunca houve quem te ajudasse a evadir-te, e a culpa não é tua. Edificaste a tua paz, à força de tapares com cimento, como as térmitas, todas as saídas para a luz. Rebolas-te na tua segurança burguesa, nas tuas rotinas, nos ritos asfixiantes da tua vida provinciana; ergueste essa humilde muralha contra os ventos, contra as marés, contras as estrelas. Não queres a inquietação dos grandes problemas e muito te esforçastes por esquecer sua condição de homem. Não é os habitante de um planeta errante, não te põe questões sem resposta: tu és um pequeno burguês de Toulouse. Ninguém te sacudiu pelos ombros quando era tempo ainda. Agora, a argila de que é formado secou, e endureceu, e ninguém seria capaz, de futuro, de acordar em ti o músico, ou o poeta, ou o astrônomo, que talvez te habitasse de inicio.

- Terra dos Homens - Antoine de Saint-Exupéry

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

O Mundo em tons de cinza

Num mundo de cores só vejo tons
Preto no branco contraste e brilho.
O preto mostrando aquilo que existe.
A realidade.
O branco mostrando o vazio.
Os espaços.
O que é o cinza portanto?
Tons médios.
Preto e branco.
Onde há tudo.
E ao mesmo tempo o nada.
Onde tudo prevalece
Onde tudo se esquece.
Estaria pouco a pouco
O vazio crescendo
Ou o preto se multiplicando?

domingo, 9 de janeiro de 2011

Paz Enfim

Esse sentimento de paz, gostaria de perdurasse. Gostaria que essa certeza de preparo, prevalecesse. Que quando o mundo girasse, eu não perdesse a cabeça. Sinto que todas minhas certezas, podem ser tão frágeis, mas essa paz que tento alimentar, essa harmonia. Gostaria que continuasse assim. Gostaria de ser forte. Forte pra conseguir manter isso. Esse equilibrio.

Gostaria que fosse assim.