quarta-feira, 4 de maio de 2011

Náufrago

Sufoco-me nesse sentimento cálido. Um desespero me toma conta e todo tempo do mundo é pouco tempo pra tudo que quero fazer. Tudo que quero tentar. Tudo que quero analisar. O mundo não espera. O Mundo me atropela. Me trouxe algo e esse algo está tão proximo, está tão perto. Mas tantas outras vezes não esteve também? E que horrivel desfecho se fechou? O que era, não passava da minha ignorancia e inoscencia. Meus enganos, meus erros e minha fé cega numa justiça. Não. Não quero acreditar nisso, não quero deixar essa pessoa perto. Perto o bastante pra me machucar. Perto o bastante pra me desiludir. Por mais que tudo parece ser real, sempre parece não é? Não quero me precipitar, não quero olhar e ver essa pessoa virando os olhos pra mim, não quero ve-la olhando para outra pessoa. Não quero acreditar que tenho alguma chance. Me falha essa expectativa, essa esperança pequena mas que ainda corrói. E de todos os sorrisos, de todos os olhares, de todos os encontros casuais. Não passarem de algo completamente trivial. Não não quero correr esse risco. Até onde é seguro ir? Até que distancia da praia meu barco deve navegar para se sentir livre? Posso encontrar a terra e o mundo se simplesmente velejar sem me preocupar. Mas meu barco já afundou diversas vezes, quando todos os ventos pareciam favoráveis. Parece que estou simplesmente cansado de remar.


Nenhum comentário: