segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

CONFISSÃO

Que esta minha paz e este meu amado silêncio
Não iludam a ninguém
Não é a paz de uma cidade bombardeada e deserta
Nem tampouco a paz compulsória dos cemitérios
Acho-me relativamente feliz
Porque nada de exterior me acontece...
Mas,
Em mim, na minha alma,
Pressinto que vou ter um terremoto!

Mario Quintana

sábado, 22 de dezembro de 2012

“I remained too much inside my head and ended up losing my mind.”
— Edgar Allan Poe, Complete Writings

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Negação

A vida é uma negação.
Um conjunto de portas nunca abertas.
Você sai pela mesma porta todo dia,
Cruza com pessoas que nunca irá conhecer
Passa por casas que nunca irá adentrar
Cumprimenta o cara do posto de gasolina
mesmo que nunca mais irá vê-lo na vida

Escuta musicas de cantores que nunca presenciará um show
Fala com amigos que nunca conhecerá suas histórias
Passa por carros apressados indo à sabe deus aonde
Adentra as mesmas portas de sempre.
Conversa com as mesmas pessoas.
Assiste as mesmas novelas.
Os mesmos dramas diários.
As mesmas roupas.
O mesmo pensar.

A vida é uma fechação de portas.
Portas que nunca mais se abrirão.
Portas que desistimos de tentar abrir.
Pouco a Pouco.
Portas que fechamos mesmo estando abertas.

Quantas portas.
Negadas. Fechadas.
Quantos caminhos esquecidos.
E mesmo assim, insistimos
em fechar mais e mais portas.
Sair e entrar pelas mesmas.

A vida é um fechar de olhos.
A comodidade das portas ja abertas.
O medo das portas trancafiadas.
O sufoco do novo. O medo de tentar.

sábado, 3 de novembro de 2012

Antares

Mas claro que não só isso.
Revirando os incontáveis baús de memórias.
Tanto físicos quanto mentais.
Nós nos sentimos meio nostálgicos quando a chuva do mês onze nos bate na janela de casa.
A noite parece suave e quase suspirando mil e um segredos nunca contados.
É.
As vezes as coisas voltam. Os caminhos se cruzam novamente.
Vemos o quanto se mudou e o quanto se permaneceu igual.
Não posso esconder meu contentamento ao receber notícias e ouvir histórias escritas de um tempo que já passou.
Nos mostra o quanto não foi em vão tudo o que nos aconteceu e acontece.
Que por mais que tentamos esquecer, e deixar de lado e seguir. Percebemos que no fundo aquilo não precisa ficar guardado numa velha gaveta dentro do armário atrás das velhas roupas jamais usadas.
Mas que serve para nos lembrar o quanto o tempo era bom.
O quanto nós cedemos e o quanto nós choramos.
O quanto nós vencemos.
É algo valioso que nos atém à memória e sente-se o peito aquecer enquanto é lembrado.
Um tempo que parece tão longe e ao mesmo tempo tão perto.
Nessa noite.
Tantas histórias.
Tantos mundos.
Outrora quisera nossa história ter sido outra.
Nosso tempo outro.
Esse blog no fundo é criação sua.
Surgiu com você.
E o que era um meio acabou se tornando um fim.
Um segredo meu que tu sempre poderás entrar.
Fico feliz por ter reencontrado uma das coisas que perdi.
Por mais que pareça meio como uma roupa antiga que já não nos cabe mais.
Ainda sinto um alívio e uma felicidade em ter por perto alguem que por tanto andou por esse labirinto chamado Sérgio.

feliz aniversário

e que venham muitos outros.

S.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

"Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo"

-Trecho "Tabacaria" - Fernando Pessoa

domingo, 30 de setembro de 2012

Luz

Eu não sei o que me leva até você.
Te procuro nos meus sonhos.
Essa luz quente que vem, sabe-se lá daonde.
Vem queimando toda escuridão completamente.
Apaziguando.
Essa luz intensa.
Que há muito achava que estava perdida.
Não sei se estou certo.
Mas eu sinto que essa luz veio procurar minha escuridão.
Que perdidos pelo universo, nos encontramos por mero acaso.
E nossas almas gritaram uma pra outra.
Sua luz não consegue se aproximar das minhas trevas sem leva-las embora.
Dissipando aos poucos.
Eu quero lutar por isso.
Queimar a luz que existe em mim e te encontrar.




---




Mas tenho medo
Medo de que essa luz esteja me cegando.
De que por mais bela que possa parecer.
Não esteja destinado à minha posse.
Que essa luz desapareça a qualquer momento.
Que depois que eu me livrar disso eu não consiga mais voltar.
Caso algo de errado.
Tenho medo de que essa luz não brilhe por mim.
De que minhas trevas sejam forte de mais.
De que essa luz seja circundada pelas minhas trevas.
Quero te mostrar o abismo.
O abismo da minha alma.
O quão fundo você pode chegar?
Dentro do meu coração.
Dentro das

Trevas

domingo, 23 de setembro de 2012

Ambivalência

mascarada de indecisão.
Perdas e mais perdas,
caminhos sem saída, e voltas e voltas e voltas.
E amar. Amor desnecessário. Amor doente. Amor recluso.
Amor do plano astral.
Promessas. Promessas. Promessas.
Amores desencontros.
Fugas. Olhares. Perseguição.
A balança do amor que sempre pende pra um dos lados.
O amor que sufoca e nunca basta.
O querer mais e nao ter coragem de pedir.
O nao querer pedir pra não ter que jogar fora as sobras.
Eu quero tanto dar um passo pra frente.
Mas não quero encontrar mais um desfiladeiro na proxima esquina.
E não, eu não sei como mudar.
Eu não quero mudar.
Ta tão bom assim.
Desculpas, mentiras. Dias felizes, dias tristes.
Muito melhor do que o tédio do real.
Que o tédio das caricias e brigas e amor e odio.
Não, não acredito nisso de verdade.
Mas não posso fugir disso sozinho.
NÃO BASTA SÓ ACREDITAR.
É preciso ter motivos para tal.
Droga...

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Despista-me

Me engana. Minta. Troque as respostas.
Eu não estou querendo concordar.
Nem sei o que quero, se quero, se sinto, se minto.
Não sei se sei o que sei se não sei.
Uma voz me sussurra e quando vejo eu estou querendo.
Mas uma voz maior ainda me assombra, me da medo,
me diz que não posso, não devo, não vai dar certo.
Não vai durar, não vai nem começar.
Só se perder novamente, sem achar nada.


Pra sair de um labirinto é muito simples.
Basta colocar sua mão na parede e seguir em frente sem tira-la.
Siga a parede.
Uma hora você encontra a saída.


Tolo eu. Pst.
Como se alguém tivesse interesse suficiente para tanto.
Nem você, nem eu, nem deus.




Não tente me salvar.
Não quero ser salvo.
Não entre se não for pra ficar.
Pelo menos pro chá...

domingo, 26 de agosto de 2012

Miragem

Tentei tanto me desfazer. Fiz as piores escolhas, dei voltas e voltas e andei na contramão. Amei aqueles que me odiavam e abandonei quem me desejava bem. Tracei linhas retas em paginas tortas, cortei os laços que não serviam mais.
Fui machucado. Fui deixado sangrando.
O ódio me consumiu.
As trevas, as lagrimas as sombras e os medos.
Me corroeram por dentro. E me fizeram esquecer.
Fugir.
Eu quebrei as correntes dessa prisão.
Deixei o vento entrar, a onda me levar e a luz entrar.
Pulei desse precipicio esperando voar.
E asas negras e brancas me salvaram da queda.
Essa inconstancia. Esse amar-odiar.
Esse paradoxo.
É o meu verdadeiro amor.
Eu não fujo mais.
Eu mudei.
Eu sinto a luz e as trevas dentro de mim.
E não há porque ser de outro jeito.
Elas se completam.
Finalmente vi isso.

...

Qual o próximo mistério?

sábado, 11 de agosto de 2012

"O homem de preto sorriu.
-Devemos então dizer a verdade, eu e você? Sem mais mentiras?
-Achei que já tínhamos começado.
Mas o homem de preto insistiu como se Roland não tivesse falado.
-Deve existir verdade entre nós, como dois homens? Não como amigos, mas como iguais? É uma proposta que você raramente ouve, Roland. Só iguais falam a verdade, é assim que penso. Amigos e amantes mentem sem parar, presos na teia do respeito. Como é cansativo!
[...]
-Sente-se - o homem de preto convidou - Posso lhe contar histórias, tantas quantas quiser ouvir. Mas acho que você tem histórias muito mais compridas.
-Não falo de mim mesmo - murmurou o pistoleiro.
-Mas esta noite deve falar. Para que possamos compreender.
-Compreender o quê? Meu objetivo? Você o conhece. Encontrar a Torre é meu objetivo. Estou jurado.
-Não seu objetivo, pistoleiro. Sua mente. Sua mente burra, persistente, obstinada. Nunca houve mente como essa em toda a história do mundo. Talvez na história da criação.
-Esta é a hora de falar. A hora de contar histórias.
-Então fale."

- A Torre Negra Vol 1. O Pistoleiro -Stephen King

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Cartas na mesa

É.
Ta aí.

É só isso e nada mais.

"And you have every right to be scared"


domingo, 29 de julho de 2012

“Never trust people who lie to you, never lie to people who trust you.”
— Dexter

O Julgamento

Enough with the walls.
Enough with the lies.
Enough with the hide and seek.
The crazy little games.
The twisted fate.
The pain and the pleasure.
The sickness of the soul.
Love, Hate,
Enough of it.


Crazy
Crazy


Chega
Violentamente.
e atordoado.
Me sinto leve pela primeira vez.
Cansei desses muros.
Desses bloqueios.
Sinto que aqui dentro ficou quente demais.
Quero Sair.
Expulsar esses demonios
Essas sombras que sussurram durante a noite.
Que escuto seus passos mas quando me viro
Nunca estão lá.

Quero deixar essas paranoias de lado.
Eu estou realmente calmo.
transcendi meu desejo pela tristeza.
Estou preparado pra olhar para dentro.
Contar a verdade.
Deixar o vento entrar.
A bonança e a boa ventura.
Estou me viciando nesses sentimentos.
E me acostumando.
Já nao é mais suficiente.

A dor, a mágoa.
Não me anestesia mais.
Eu preciso de algo mais forte.
Mais doloroso.
Mais humano.

E o que mais doloroso do que fazer justamente o oposto?
Deixar esses muros.
Sair.
Deixar-se ver dentro as coisas que escondo com tanta cautela.
Sentenciado por ninguem.
A uma solitária na alma.

Quero me embebedar dessas verdades.
Quero que vejam a luz que existe dentro dessa escuridao.
Pois todas essas sombras que todos vocês vêm.
São sinais de muros bem fechados
Onde dentro existe uma forte luz.

Eu vou ficar bem.
Até achar a forma certa de controlar.
Essa minha doença.
Essa minha ambição.
Antes que seja tarde demais.

domingo, 22 de julho de 2012

Numero Primo

O ser me abandona.
O que eu sou.
Tenho duvidas.
Duvidas.
Até que ponto não estou enganado sobre mim mesmo.
Não estarei eu errado?
Machucando todos a minha volta.
Pelo simples respirar.
É triste
Triste
Saber que a nossa própria presença incomoda.
Que nosso jeito incomoda.
Que a gente simplesmente tenta o máximo.
Que a gente preza tanto quanto pode.
E ainda assim é tratado feito escória.
Desnecessário.
Trivial.
Um incomodo.
Um curinga solto sempre.
Nunca se encaixa.
Não
Além
Um número primo.
Uma falta de amor dolorosa.
Uma desavença.
Um se importar de mais.
Um querer constante de atenção.
Uma gula que nunca é saciada completamente.
Um não conseguir parar.
Vício
Doce vício.
Vício da humanidade. Da falta de amizade.
Sempre um espectador. Nunca um ator.
Sempre observando, mas nunca tomando parte.
Querer demais.
Esperar de mais.
Ansiar de mais.

Chorar Chorar Chorar Chorar

Solidão a dois a três a muitos.
Solidão sozinho.
Solidão na casa no quarto na cama.
Perdido.
Morto.
Enterrado.
Oh coração doloroso.
Me livrai do sentir.
Do desejar.
Me permita me controlar.
Me permita tomar as decisões mais certas.
Pare de sussurrar suas vil vontades.
Eu não quero mais te ouvir.
E ver as portas se fechando.

Pare de sentir.
Pare de querer.
Pare de bater.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Dormi na cama
Acordei no onibus
Desnorteado
Procurei algo que me faltava
Perdi o que não achei
Sai do onibus e achei que estava atrasado
Acordo em casa
Me pergunto se ainda estou sonhando
Tenho que levantar
Me arrumo e pego o onibus
Dou uma volta e acho algo que perdi
Me pergunto se ainda estará lá
Perco o sono e vou andando pra casa
Acordo em meu sonho
Ainda estou com as respostas na ponta da lingua
Não as conto pra ninguem.
Adormeço e cavo mais fundo
Desisto e continuo.
Acordo em meus pensamentos
A verdade que achei ter esquecido
Deixei no onibus
Guardei dentro do sonho
E o sonho acordou dentro de mim,
Enquanto eu acordava no sono de outra pessoa.
Sonhei que dormia e acordava sem ter a resposta
Acordava sem saber se a resposta existia ou se era um sonho
Sonhei que estava com insonia
De madrugada procurei seu nome na lista telefonica
Pensei em te ligar pra te acordar
Sonhei que acordava dentro de você.
Mas você não sonha.
Não mais.
E eu vivo dormindo.
Esperando você me acordar.

domingo, 24 de junho de 2012

Morte àquele que nega as aparenciais
Forte ser que manifesta-se atravez as palavras
mostra-se diante do eterno
perfeição e devaneios
inconsciência.
A vertigem do ser
O desfalecer.
Desesperançoso em vão
A aproximação de tudo que não é real. Se dissolvendo dissolvendo.
À procura que qualquer coisa espessa o suficiente para nos tirar a verdade
Desarmar as mentiras de todos os enigmas.
As verdades que sejam retratadas e emolduradas nesses saloes
Essas iguanas deformadas.
Tão solidas, tao frias,
Desnecessarias para a compreensao do ser humano
Violencia contra o manifesto
Quisera eu ser tão forte e impeto.
A ponto de transformar em realidade tudo aquilo que me cativa ser.
Desejar mudar, procurar saber as verdades sao qualidades exageradas minhas.
Talvez eu pense de mais sobre mim mesmo.
Como se fizesse algum sentido.
Todo esse enclausuramento tem uma unica manifestacao e um unico motivo de existir
A verdade que pouco a pouco fica sem ser dita
Abafada, sufocada, os gritos de agonia dos martires, dos corajosos.
Valente coração daquele que continua.
aquele que ganha
Louvado seja o vencedor.
Quisera a verdade ser tao digna quanto.
A verdade é que tudo muda.
Tudo falso, tudo depravado,
Eu nao vim pra isso.
Eu vim pra poder ser ajudado.
Eu preciso de ajuda.
Eu nao aguento mais supor essas coisas.
Essas paranoias.
Tudo que nao consigo aguentar.
Eu perco os sentidos.
Perco tudo que aparenta ser verdade.
Deslizo tudo e apago tudo da memorias;
Desculpe- me, Mas nao é eu;
Nao sou eu, nunca fui eu.
É alguem, diferente.
A verdade se esconde por um mar de mentiras.;
Paranoia;
Porque ele fugiu?
Qual a verdade apesar disso?
Eu quero descobrir.
Eu quero salvar e curar e entender
O mundo, os amigos importantes.
Ah devaneios.
Espero estar certo finalmente.
Por favor, nao va embora)
acredite em mim.
Voe
passaro raro
voe

segunda-feira, 18 de junho de 2012

"Chorar por tudo que se perdeu, por tudo que apenas ameaçou e não chegou a ser, pelo que perdi de mim, pelo ontem morto, pelo hoje sujo, pelo amanhã que não existe, pelo muito que amei e não me amaram, pelo que tentei ser correto e não foram comigo. Meu coração sangra com uma dor que não consigo comunicar a ninguém, recuso todos os toques e ignoro todas tentativas de aproximação. Tenho vergonha de gritar que esta dor é só minha, de pedir que me deixem em paz e só com ela, como um cão com seu osso.A única magia que existe é estarmos vivos e não entendermos nada disso. A única magia que existe é a nossa incompreensão."

sábado, 9 de junho de 2012

Desistência

É tava na hora.
Queria continuar só pra evitar o tédio.
Mesmo sem fé.
Mesmo sem chances.
Mas não dá.
Quantas portas uma chave abre.
...
Aceito essa condição.
Só não me venha com essas histórias.
...
É o fim.
Deixa eu brincar de ser feliz.
...
Vai sumir, fraco, desesperançoso.
Desalento
...
A morte de algo tão belo.
Tão frio.
Deixa eu me embebedar nessa tristeza.
Deixa essa tristeza me embebedar.

Faça o que bem entender.
Só que a musica parou

...

Vou parar.
Até amanhã.
Beijos.
Boa noite.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Outlier

Atipicamente, inconsistente com qualquer distribuição. Sempre estando la para chamar atenção e tensionar todas as premissas iniciais. O carnaval de péssimas decisões chegou ao fim. E ao jogar as peças pro alto finalmente achei aquele canto que tava precisando.
É não é fácil assim. De repente conheço mais sobre mim do que esperava. O fantástico e o passado de repente fazem mais sentido e parecem estar mais emoldurados no museu das mascaras como troféis de lições de vida. "Obrigado por participar, mais sorte da próxima vez". Parece que dessa vez estou me preparando pras finais. Ta tudo incrivelmente agitado. De novo sinto o interesse me aflorar as ideias. O veneno da rotina, e o caminho trilhado. Está na hora de começar a trabalhar. À conquista dos objetivos.
De certo modo tenho poucos objetivos no momento. E esta chegando o momento de me dedicar o máximo.
O Sol está prestes a nascer por detrás das montanhas, depois de uma noite incerta sobre sentimentos e bloqueios. Eu acho que sei o que quero. E estou contente com isso. A ventania cessou. E o som do trovão não me tira mais a calma. Quero pode simplesmente aproveitar essa xicara de café, olhando a chuva cair la fora. Por mais que no fundo eu esteja me martirizando...Não sinto a dor. Sinto o gosto amargo fluir pelo meu peito e isso por si só me satisfaz. Estou contente com até onde pude chegar. Mas eu quero ir ainda mais longe.
Há outros jogos me esperando. Outros cenários. Que preciso reavaliar. Foi bom enquanto durou, e isso parece um adeus incerto momentâneo. Nunca gostei de me prender. Quando a vida me chama, eu quero ir, voar, repintar, bagunçar tudo de vez.
Quero o novo. O original. Quero destruir esse castelo e construir de novo, uma piramide ou um arranha-céu.
Descobri a verdade por detrás das mentiras.
E as mentiras por trás de cada sorriso mórbido.
Percebi que passei a usar do ponto final.
"Você costuma pontuar suas frases, isso é sinal de alguém ..."
não consigo me lembrar de qual adjetivo usei.
Mas ah como as coisas são.
Em meio a esse marasmo sonhador eu me vejo de novo olhando para tras. Procurando por algo que deixei cair e esqueci o que era. Nossas memórias nos traem. Nos fazem sentir o que não existe.
Diferença Diferença.
Eu estou contente pra falar a verdade.
Existem pessoas nesse mundo capaz de realmente se interessar por quem eu sou.
E por ai vai.
Estou quase me fascinando de novo.
Sinto uma nova fase começando a girar.
E meu amor esta ausente.
Se intoxicando com o surreal.
Partido com os floreios que a vida traz.
Meu amor esta eclipsado.
Meu amor é um caleidoscópio que nunca sei o que é.
Vira e meche, mudou de novo e nunca mais foi igual.
Ah o amor.
Ta ai meu amor.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Retorno ao museu das mascaras

"A verdade é Ralph", diria Scott Landon. Mas que seja. A verdade nos trai. De novo sucumbindo a essas catacumbas empoeiradas com quem venho a confabular. Contar as estórias dos quases da vida passageira. Mas não sei. Não sei. Eu to cansado. Cansado de peneirar água. Meu coração anda influenciando minhas decisões. Ainda não acertei. Ainda não consegui a sequencia certa.
Espera-se que a sorte mude. Que quanto mais vezes você jogar um dado, mais chances você tem. Mas no final de cada jogada, as probabilidades voltam ao zero.
Mas que seja.
Não sei ao certo. Talvez eu me contente com muita pouca coisa. Talvez eu sonhe alto demais. Eu não sei o que quero da vida. A verdade e que nunca me importei muito. Nunca me importei com o que é verdadeiro ou falso. Sempre me importei em sentir. O Problema é o sentir de mais.
Sim sempre foi isso.

"Ou tu é um cara que não sente nada, ou tu é um cara que sente demais"

É. A verdade é eu sempre senti demais. Sempre me sufoquei de mais. Com medo. Com sonhos. Com desilusões. Com indiferenças. Com falta de segurança. Com um grito de socorro me esfaqueando por tras. E do mais a mais a solidão. De ninguem ouvir. De ninguem se importar.
Mas isso é só um eu.
Um eu que a muito tempo não surge.
Sim.
Se tem algo que eu aprendi. Com os eventos daquele final de ano foi.
Nem sempre é sobre mim.

Sim. Não importava a minha solidão. O meu sufoco. O meu desespero.
Eu guardei isso na gaveta dos meus pensamentos. E todos que deixei se aproximar de mim.
Foram afastados.
Por que tudo que isso me causou foi desgraça.
Ver pessoas chorando. Ver pessoas sofrendo. Me odiando e desprezando.
E com razão.

E eu enterrei esse eu. Esse eu desesperado e egoista. Eu passei a querer reter a felicidade dos outros.
Passei simplesmente a parar que criar expectativas. E comecei a brincar com historias.
Historias e filosofia. A verdade. A vida em si.
Comecei a querer o sereno. Paz. A Simples mordomia de um copo de suco.
Eu me convencia de que era só o que eu necessitava.

Mas nada nunca é tão simples. Os fantasmas iam surgindo. Sussurrando no meu ouvido. Me fazendo desejar o que eu não posso ter.
Tentei restaurar as pontas e os laços que se arrebentaram. Mas só consegui dar mais nós naquelas cordas. E quem sofreu de novo fui eu. Talvez não só eu. Não.

Mas a verdade é que. Eu só queria deixar tudo pra traz. Queria um tempo pra aquietar minha mente. Achava que poderia tudo se acertar com o tempo. Um tempo pra esquecer e curar.

É foi o que aconteceu. E eu melhorei bastante. Me tornei mais suave. Mais manso. Mais seguro até.
Mas em contrapartida. Os meus sonhos continuam no cenario do impossivel.
Com sonhos eu realmente quero dizer amores.
Sim. Eu só consigo me apaixonar por quem nunca será.
Viciei-me na adrenalina das expectativas.
Nas historias que nunca serão.
Me consolei inventando historias.
Dormindo e confabulando com as mesmas mascaras que por anos continuam a ouvir meus pensamentos.

O problema.
É que isso ta me machucando cada vez mais.
Novamente vejo os mesmos cenarios.
Se repetindo.
E o que posso eu fazer.
Não quero me privar do sentir.
Mas viver nesse conformismo é ter muita pouca fé em mim mesmo.
O problema é.

Eu to cansado.

De correr. De me esconder. De tentar manter a magia e o ka rodando.
Nos primeiros posts eu falava sobre o inevitavel.
E sim. É inevitavel que eu volte a esse ponto novamente.
Só para confessar.

Eu estive errado por muito tempo.
Eu errei em acreditar em algo certo.
Eu errei em confiar em mim.
Em me manter em cima do muro.
Com indecisões.
Com falta de vontade.
Blasfemando o destino e tudo mais.
Por nao cair as cartas boas na minha mão.
Eu esperei de mais.
Por algo que nunca me veio.

E o pouco que sobrou até era o bastante para me ajudar a dormir a noite.
Mas agora a insonia me faz andar pelas ruas de madrugada.
Faz eu me tornar obcessivo.
Com quem ja passou.
Com quem não me conhece.

É. De todas as mascaras emolduradas nesse museu.
Eu fiz bom uso de todas elas.
Nunca machuquei ninguem por usa-las
Só tentei ao maximo me proteger.
E não. Não quer dizer que não foi real.
Foi tudo real. Todos os risos, os choros, os joguinhos.
Não foi por sentir de menos.

Foi por sentir demais.

terça-feira, 1 de maio de 2012

domingo, 22 de abril de 2012

Sóis

Por quê? É eu te respondo.
A verdade é que eu aprendi a afastar tudo que chega muito perto.
A me importar demais e me desiludir constantemente.
Prefiro o surreal. O platonico.
As idealizações. A vaidade do poder ter tudo e nada ao mesmo tempo.
Livre pra sonhar. Com medo de se prender.
A solidão é confortável demais.
Pra querer proximidade.
Ainda mais de algo que nunca será nada.
É como estar disposto a fazer de tudo tão facil.
No final só resta prejuizo.
As notas tiradas de um violão sem corda
O desejo infiel de se aproximar tanto de alguem.
Como uma fogueira num dia de inverno, localizada longe.
O bastante pra enxergar o caminho, mas nunca perto o suficiente pra se aquecer.
E o que nos separa.
O medo. A discórdia. A desilusão.
Não quero me queimar por chegar muito perto.
Que fogo que não queima não é mesmo?
Ainda ouso procurar.

Quero a verdade. Quero te mostrar o medo.
O medo num punhado de pó.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

"Amanda riu e balançou a cabeça.

-Não era para gente como eu conseguir atravessar para o lado de lá. Minha imaginação só era grande o suficiente para me meter em encrencas.

-Manda, isso não é verdade.

-É - falou Amanda - É, sim. Os hospícios estão cheios de gente como eu. São nossos sonhos que nos domam e nos açoitam com chicotes macios, ah, tão gostosos, e nós corremos, corremos, sem nunca sair do lugar... porque o navio... Lisey, as velas nunca são estendidas e ele nunca levanta ancora."

Love - Stephen King

domingo, 15 de abril de 2012

Carona 14/12/2011

Quisera Deus haver alguma mudança. De todas as rotinas rotineiras, um leve feixe de luz adentra a escuridão. O mundo nos engana; faz-nos pegar caminhos errados e nos arrependemos de nossas certezas. Mas na calada da escuridão, podemos ver as mudanças acontecendo suavemente. Todas as promessas de repente voltam e iludem o coração mais fraco. Um novo ano quem sabe que estará para entrar. Poderia alguém estar preparado para o que estar por vir? Estará alguém realmente preparado se a resposta do que está adiante seja o nada absoluto. A desilusão. A Rotina. O tapete sujo de boas vindas que está lá, mas nunca tem ninguém dentro de casa para lhe atender.
A campainha toca e todos nós esperamos pacientemente a voz libertadora que nos levará ao próximo nível. Ao próximo capitulo. De certo modo é tudo em vão. Será mesmo?
Não sei ao certo se posso responder essa pergunta ainda. Mas vejo que as coisas continuam me fascinando levemente. Mesmo com toda minha descrença e estresse matinal. Minhas forças parecem estar sendo drenadas mas oh se não por meus pensamento negativos talvez. Acordo todo dia já cansado como se tudo fosse um dia acabar.
Mas é inútil pensar assim não é mesmo? É importante arranjar energia seja de onde for. Mas como? Eu já cansei de me subornar e de me forçar a arranjar forças, a crer, a me iludir. Já cansei de acreditar nisso tudo e de repente nada me vir.
Talvez esteja sendo injusto. Provavelmente esteja sendo injusto. Mas nada me afasta esse tipo de pensamento. Talvez eu seja uma criança mimada que não tem aquilo que quer. Só pra quando o tiver não querer mais e desejar outra coisa.
Talvez devesse aprender a ser mais grato pelas coisas. Mas de qualquer forma o ano está acabando. Espero que ano que vem as coisas continuem fascinantes. Ou voltem a ser fascinantes. Ou talvez que eu volte a enxergar o que antes me fascinava com os mesmos olhos.
De tanta mágica o mundo acabou rotineiro e o normal acaba sendo o estranho no meio das ovelhas.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

"Não se preocupe, não vou tomar nenhuma medida drástica, a não ser continuar, tem coisa mais auto destrutiva do que insistir sem fé nenhuma? Ah, passa devagar a tua mão na minha cabeça, toca meu coração com teus dedos frios, eu tive tanto amor um dia."

sábado, 17 de março de 2012

Desinteresse

É a doença do mundo.
Perca de tempo vendo a moldura. Vendo o quadro.
Padronizações. Isso é bonito. Aquilo nem tanto.
Não precisa saber o que é importante.
Só precisa saber que isso é melhor que aquilo.
Isso é o certo. Aquilo não deve ser feito.
Esse tipo de comportamento é o natural
Qualquer coisa diferente, é algo absurdo.
Não importa o porque.
Importa o como. O que isso vai me trazer de bom.
Como o mundo vai me ver.
Como vou ficar completo.

Desinteresse nas pessoas.
Pessoas morrem por falta de algo tao simples.
Relacionamentos. Amizades.
Tao triviais. Tao superficiais.
Tao simples. Tao tachadas e fadadas a receitas de bolo.

Como agir. Com quem andar. Pra onde ir. Que tipo de palavra usar.
Não importa o resto. Não importa se eu não gostar.
"É normal, eu to sendo 'normal', então não importa"
Só importa o estar certo.
Se expor em diagnostico a situação, céticos me darão a razão.

Pra que mais? Pra que tentar ver além.
Pra que tentar ver a verdade.
Pra que tentar entender a ironia dessas palavras?
Tudo tao belo. Tudo tão certo.

É só abandonar todo o resto.
Não falta mais nada pra ser feliz.
Fecha os olhos e pula.
Não importa pra onde.
Só importa que eu segui a manada.

Estou aqui e nada mais importa.
Desinteresse.
É dificil de mais.
É dificil ser. Sem ninguem notar.
É dificil notar quem não quer ser nada além do que se sabe.

E continuamos assim.
Doentes.
Desinteressados.

Boa noite

terça-feira, 13 de março de 2012

Sequência, redenção, e outras coisas mais

Passou-se muito tempo desde o ultimo encontro. Pouca coisa aconteceu. Ou muita coisa pareceu acontecer. Parece que vivi como outra pessoa durante esse tempo. Como se minhas vontades estivessem todas voltadas para um novo quadro. Gastando mais do que eu devo. Deixando o vento levar e trazer. Resfriar. Paranoia Paranoia.
Mas ando mais calmo. Faz muito tempo. Mas eu voltei.
E voltei um pouco mais forte. Ou mais precisamente, sem os dramas exagerados.
Ando vendo certas verdades onde antes insistia em esconder.
Já não ligo tanto para que numero aparecerá quando jogar o dado.
Claro claro. Ainda sonho. Ainda espero pacientemente. O numero certo. O momento certo. As condições certas.
É tudo questão de continuar jogando não é?
De qualquer modo quero começar algo diferente.
Quero despertar. Em mim, o mundo.
Sinto uma vontade mais forte. Mais firme. Mais sólida.
Não uma vontade enevoada como antes era. Que facilmente se apagava, mudava, e me sufocava.
Eu vou engatilhar sempre que for necessário.
Vou acolher o que é meu.
....
Mas virando o tabuleiro...
Outras coisas mais vêm incomodando.
Paranoia com minha saúde.
Traição e caráter.
Jogos de azar.
Desvios de objetivo.
Adiamento de acontecimentos.
Ou melhor.
Escolhas dificeis.
...
Mas mais importante.
Algo que vem surgindo.
Uma ideia que sempre esteve ali.
Foi brotando e ganhou vida.
Eu quero 3 coisas.
3 redenções.
Uma facil.
Outra dificil.
e outra uma batalha perdida.
Mas é a minha redenção.
Quero ver o que acontece ao girar a roleta mais uma vez.

Eu vi os acontecimentos se misturarem. Passado e futuro e presente.
Ilusão e realidade.
O que eu me tornei.
São poucas as pessoas que notarão.

De qualquer modo não sei ainda o que vai acontecer.
Se vai acontecer.
Talvez seja mesmo tarde de mais.
(nao que eu acredite mesmo nisso)
Mas é uma vontade dentro de mim.
Selar as portas. Revirar os baús.
Voltar de novo e outra vez.

Não deve ser uma grande coisa.
Mas não deixa de ser especial.
Vamos ver o que acontece.
Se a vontade dentro do meu coração for verdadeira.
Ela chamará o destino.

A canção está tocando novamente.
Num saguão abandonado. Numa noite clara.
Eu vou aumentar essa música.
Se vocês a ouvirem...
O que farão?

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Afugentado

Porque de repente, na calada da noite, ao olhar as fotos de meus pais, familiares e pessoas proximas, bate uma tristeza tao grande? Me sinto estupidamente triste por saber o quanto eu amo essas pessoas. E ao mesmo tempo a ideia de que um dia elas vão partir me assombra. Tudo um dia vai acabar. E eu não quero isso.
Eu temo pensar que daqui a alguns anos, poderei estar completamente sozinho nesse mundo.
Que vou ter que enfrentar essas coisas. Não consigo evitar em derramar uma lagrima.
Me sinto como se tivesse 7 anos, chorando escondido na madrugada no banheiro. Pedindo a Deus para não me deixar sem meus pais.
Eu amo muito eles.
E sem motivo algum esse medo desperta dentro de mim e eu não consigo dormir. Me falta palavras. Me falta forças. Me falta esperança.
Não sei o que ocasiona isso.
Saber que tudo um dia vai sumir.
Me deixa triste.
De mais.
Me sinto cada vez mais só.
Não consigo evitar.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Descarrilhar

Desandar,se perder.
Pego de surpresa. Sem anteparo.
Postergado pelo acaso.
O tempo certo.
A inveja o desapego.
O ribombar dos sinos.
O descanso merecido.
O tempo que antes faltava.
Promessas e mais promessas.
É assim que se vive.
Um descarrilhar por tras do outro.
Se achar. Se descobrir.
Virar a pagina. Ler de tras pra frente.
Descolorir e pintar.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Como que desenhados pelo destino

"Dedicou-se mais o acaso a se esconder
E agora o amanhã, cadê?"

É preciso ter intuição para saber discernir qual a via mais adequada para cada situação. Pode até ser difícil resistir à tentação de seguir os caminhos que os outros e que os manuais dizem pra gente seguir. Parece ser mais confortável viver a vida a partir de manuais cheios de regrinhas de como fazer e de como agir. Entretanto, as respostas que você busca só poderão ser encontradas em seu próprio interior, Sérgio. O próprio I Ching jamais deve ser seguido cegamente. É preciso comparar aquilo que você lê com aquilo que você sente, para estabelecer a sua verdade, que é pessoal e intransferível. Sua intuição, neste momento, é a chave do seu sucesso em qualquer campo da vida.



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Fantasmas me perseguem. Ando vendo essa pessoa em todos os lugares.
Ou só acho que estou vendo.
Não sei mais se minha paranoia alcançou o limite.
Ou se o acaso está brincando com minha lucidez.
Preciso de um chão firme. Cansei de construir pilares em meio ao deserto.
Por mais que sonhe mirando o impossivel.
Certas coisas simplesmente não são.
A intuição me diz pra parar.
Eu sei que não é real.
Mas o que é real afinal?
O nada é real?
O vazio?
A falta de sentido?
Preciso parar de sonhar e aceitar esse estado?
Tentei sempre ao maximo parar.
Respirar.
Continuar segurando as pontas.
Não quero parar de sonhar. De ter esperanças.
Não vou cair em meio ao mar de angustia.
Eu me conheço muito bem.
Se essa chama que eu teimo em deixar acesa dentro de mim se apagar.
Nada mais restará.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Seja você quem for

Seja você quem for
agora segurando minha mão,
sem uma coisa há de ser tudo inútil
- é um leal aviso o que lhe dou
antes que continue a me tentar:
não sou aquele que você imagina,
mas muito diferente.

Quem é que gostaria
de vir a ser um seguidor meu?
Que é que gostaria de lançar
sua candidatura ao meu afeto?

O caminho é suspeito,
o resultado é incerto, destrutivo talvez;
teriam que abrir mão de tudo mais
tendo eu a pretensão
de ser seu padrão único e exclusivo;
sua iniciação haveria de ser ainda assim
extensa e fatigante,
toda a teoria da sua vida passada
e toda conformidade com vidas em redor
precisariam ser abandonadas;
por isso deixe-me agora
antes de perturbar-se ainda mais,
deixe cair sua mão do meu ombro,
coloque-me de lado e siga seu caminho.

-Walt Whitman

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Nem tão longe que eu não possa ver.
Nem tão perto que eu possa tocar.

É
O quase la.
Me perdi nessa situação. Me deixei levar. Deixei minha obsessão tomar parte. Pelo menos para evitar a monotonia. A monotonia do não sentir nada. Mas o sadismo divino não para nunca. Até quando nossos sonhos vão ser destruidos um a um. Até quando cada expectativa vai ser quebrada em meio ao falso. Até quando essas ilusões vão surgir do fundo do acaso com uma pitada de destino. Falso, tudo falso.
As pessoas. Elas escorraçam voce. Não importa quem seja. No fundo elas só querem os segundos pra se satisfazerem. Eu caio em meio à repulsa. Repulsa a qualquer envolvimento com outrem. Qualquer ligação. Qualquer aprofundamento. As pessoas chegam a ser cretinas. Nos abusam e abandonam.
No final serei sempre eu. Caminhando sozinho pela madrugada. Oh mas nem isso mais. Pois o tempo me foge. Me tiram tudo. Me dão coisas pela metade.
E eu continuo a sonhar.
Dare to dream.
Até porque nao sei o que faria se isso tudo fosse real.
Talvez enquanto tudo esteja no plano metafisico, esteja tudo perfeito.
Talvez possa culpar os ceus, o acaso e ao deus ausente pelo meu sofrimento.
Mas como explicar o sofrimento sem motivos?
Ou como viver sem esse drama?
Ah discórdia.
Só queria que fosse tão facil quanto deve ser.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

I won't let this build up inside of me.

Não é real.Eu sei.
Mas porque essas malditas coincidencias trouxeram isso de volta?
Malditos Deuses com seus olhos cheio de escarnio.
Até quando o "quase" aparecerá no título das epopeias.
Tudo que quase foi mas nunca será.
Eu abri mão dessa vez.
Não vou deixar isso crescer dentro de mim.
Não de novo.
Posso estar exagerando de novo.
Mas minha obsessão precisa ser dominada.

Adeus.

domingo, 1 de janeiro de 2012

.condicional

Novo ano.
Velhos dilemas.
Vou poupar os ouvidos dos fantasmas que passam por aqui.

Resoluções:

-Fazer uma resolução
-Fazer mais coisas que nunca fiz
-Fazer mais amigos.
-Ouvir musicas novas.
-Ler 19 18 16 15 livros.
** O Gerente Minuto - Kenneth Blanchard e Spencer Johnson
** Love - Stephen King
**O Processo - Franz Kafka
**Clube da Luta - Chuck Palahniuk
**O Mundo fora dos Eixos - Bernardo Carvalho
**Cem Anos de Solidão - Gabriel Garcia Marques
-Parar de falar tanta baboseira nesse blog.
-Escrever mais histórias.
-Contar algo importante sobre mim para algum estranho.
-Me preocupar menos.
-Ser mais amigavel.
-Tirar carteira de motorista.
-Viajar pra algum lugar novo.
-Ficar conversando com alguem até anoitecer em algum lugar publico.
-Comprar um isqueiro.
-Fazer algo ilegal.
-Surpreender mais as pessoas.
-Usar menos roupas pretas.
-Mudar a vida de alguem.
-Procurar a torre.