quarta-feira, 29 de junho de 2011

Eu me sinto às vezes tão frágil, queria me debruçar em alguém, em alguma coisa. Alguma segurança. Invento estorinhas para mim mesmo, o tempo todo, me conformo, me dou força. Mas a sensação de estar sozinho não me larga. Algumas paranóias, mas nada de grave. O que incomoda é esta fragilidade, essa aceitação, esse contentar-se com quase nada. Estou todo sensível, as coisas me comovem.

-Caio F. Abreu

terça-feira, 21 de junho de 2011

Tic Tac

O tempo se esgota. Desilusões é o que me restam. Por mais que eu tente acreditar, eu sei no fundo que nada vai acontecer. Que é um erro. Que provavelmente estava tudo na minha imaginação. Ainda tem um pequeno tempo. Se os bons ventos estivessem a favor. Mas eu sei que não estão. Eu sei que no fundo o tempo acabou. E só me resta mais uma desesperança. Só me resta a sombra do que quase foi.
E ainda dói.
E ainda me falta o ar.
Cada vez mais

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Mananciais no deserto

Porque sempre que tudo parece tão proximo, tão tangivel ao mesmo tempo tudo desaparece? As vezes as coisas acontecem tão facil mas quanto mais você quer uma coisa mais parece que as coisas não querem você. As oportunidades somem, os acasos nos condenam a dias e mais dias e horas e mais horas de expectativa e quando você cria esperanças de "é hoje", parece que tudo conspira contra. Porque as mensagens sempre parecem tão promissoras, tão esperançosas, sendo que parece que cada vez mais parece intangivel, inalcançavel. Me falta cada vez mais o oxigenio e a vontade de simplesmente gritar é assustadora.
Talvez esteje exagerando, sempre tendo a ser dramático quando o assunto é esse. Mas parece que toda lição que agente aprende, parece que no final agente n ganha merda nenhuma. E ainda mais agora com duas semanas ainda. Quando você espera que o universo haja de determinada forma, o caos se instaura e uma desordem tremenda te pega de surpresa.
Quando você menos espera o tempo passou, a pessoa desapareceu, ou até mesmo o clima parece subitamente mudar e te punir. Sendo punido por anos a fim, sem encontrar meu manancial no deserto.
Ah Deus, não seja tão duro comigo
O caminho já é difícil por si só,

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Insustentável leveza do tempo

Novamente, o tempo me trai. Distrações, trabalhos, faculdade. Tudo acontece numa velocidade extraordinariamente rápida. Eu sabia que isso ia acontecer. Eu tinha essa noção, mas achava que até a hora chegar, alguma coisa já teria acontecido. Mas não, tudo se estagnou. Acasos e descasos distanciaram nossos caminhos e parece que sem querer nos acostumamos a algo que não sai do imaginário. E isso vai sumindo. Parece que não tem mais tanta importância, e só sobra o espectro de tudo que poderia ter sido. Porém ainda me resta algum tempo, e mesmo depois. Mas depois seria tarde de mais? Provavelmente, eu sei que se não for agora, não será jamais.E isso é até triste, por varios motivos, não só pela minha solitude. Mas ainda assim, algo me diz com cada vez mais força "faça alguma coisa". Se abra, saia dessa gaiola. Você se esconde sérgio, atrás de inumeras mascaras e artimanhas, deixando pessoas afastadas num raio seguro. Impossibilitando as pessoas conseguirem te alcançar. Saberem o que você pensa. Saberem o que você sente. Você se acostumou com isso, e se você não consegue se abrir pra ninguem, solidão é o que lhe resta.
Então. Só me resta tentar mais um pouco. E a esperança vai sumindo pouco a pouco. Porque eu sei que não vai ter um momento certo conspirado pelo universo. Não. Não dessa vez, o acaso vai me enganar e enquanto você espera o momento certo, todos os momentos errados já passaram pra você fazer alguma coisa.
É isso.
Fazer alguma coisa.

sábado, 4 de junho de 2011

Fantasmas

Poderia dizer que está tudo certo. As coisas parecem todas no seu lugar, e um turbilhão de possibilidades se apresenta a minha frente. Mas tudo parece velho de cara nova. O que me amedronta de certo modo. Como situações passadas, pessoas parecidas, pessoas que representam algum fantasma do meu passado. E a situação se alastra de uma maneira quase de deja vu. E eu sinto que as vezes preciso parar e refletir sobre o que é o melhor a fazer. Se eu me recusar a acreditar em algo por "já ter vivido essa experiencia antes" ou se eu simplesmente esteja cometendo mais um erro achando que essas pessoas são fantasmas do meu passado. Porque as vezes parece que uma voz me diz "Essa pessoa não é a mesma do seu passado", e eu entendo que é real. Mas a situação é parecida.
De qualquer modo, essas situações parecem ter vindo todas juntas. E eu não sei escolher. Porque é tão parecido e satisfatório. Parece que posso simplesmente seguir por um dos caminhos que tanto sonhei, o problema é que resulta no abandono de tantos outros. E eu simplesmente não sei o que escolher. Ou talvez eu saiba, só que o que eu quero ainda está demasiadamente longe e o fato dos outros caminhos parecerem mais faceis da a impressão de que tenho alternativas. Mas novamente seria um erro? Escolher sempre o mais difícil pra inconscientemente me sabotar e nunca conseguir aquilo que sempre quero? Ah as incertezas da vida.
Mas acredito que ando tratando tudo de um jeito novo. De pouco em pouco ando aprendendo e me impondo. Sem pressa. Não sou mais aquele menino fascinado, querendo tudo de uma vez. Quero as coisas certas, no seu tempo certo. As coisas não acontecem tudo de uma vez, elas acontecem devagar e vao se abrindo. Agora eu entendo isso.