domingo, 27 de abril de 2014

“I want to tell you something today, something that I have known for a long while, and you know it too; but perhaps you have never said it to yourself. I am going to tell you now what it is that I know about you and me and our fate. You, Harry, have been an artist and a thinker, a man full of joy and faith, always on the track of what is great and eternal, never content with the trivial and petty.But the more life has awakened you and brought you back to yourself, the greater has your need been and the deeper the sufferings and dread and despair that have overtaken you, till you were up to your neck in them. And all that you once knew and loved and revered as beautiful and sacred, all the belief you once had in mankind and our high destiny, has been of no avail and has lost its worth and gone to pieces. Your faith found no more air to breathe. And suffocation is a hard death. Is that true, Harry? Is that your fate?” - Hermann Hesse

Hoffnung

Não sei dizer ao certo. Sinto um cansaço do universo. Como se tivesse cansado de sempre obter os mesmos resultados. É tudo tão previsivel que parei de me surpreender com as trevas susurrando nos meus ouvidos. O terrivel não é mais tao assustador. A solidão não me deixa mais triste do que o normal. Sinto que me acostumei com essas escuridão. Estou começando a aceitar as coisas como são e simplesmente aproveitar o pouco que sobra, que nunca me é suficiente. Mas o que mais posso fazer? Já tentei muitas coisas. Mudei de país, de lingua, de costumes. E ainda assim, aquilo que mais procuro, me falta. Não esta nos livros, nos amigos, nos desconhecidos, nas coincidências, nas rezas, na minha mente.
Não está em nenhum lugar, não existe.
Nada mais é tão dramático. Nada mais me deixa indignado.
Não tenho mais o que escrever aqui, além de puro cinismo .
Se quiser vir, que venha, se sumir, não me fará falta.
A dor não me afeta mais como antes.
Não sinto mais nada que me mova. Nada que me faça pular do precipicio. Nem precipicio vejo mais.
Só o céu. Cansei de ficar na beira do precipicio. Vou deitar aqui e olhar pro céu. Até que a noite caia e as estrelas me ceguem. Que a chuva venha se misturar com as lagrimas de meu coração. Que o sol seque minha agonia e me deixe seco, oco, vazio. Que o vento me leve daqui.

Só quero paz. Não peço nada mais que isso.

Não venha tentar agitar o meu mundo. Meu mundo está girando na velocidade certa.