domingo, 27 de abril de 2014

Hoffnung

Não sei dizer ao certo. Sinto um cansaço do universo. Como se tivesse cansado de sempre obter os mesmos resultados. É tudo tão previsivel que parei de me surpreender com as trevas susurrando nos meus ouvidos. O terrivel não é mais tao assustador. A solidão não me deixa mais triste do que o normal. Sinto que me acostumei com essas escuridão. Estou começando a aceitar as coisas como são e simplesmente aproveitar o pouco que sobra, que nunca me é suficiente. Mas o que mais posso fazer? Já tentei muitas coisas. Mudei de país, de lingua, de costumes. E ainda assim, aquilo que mais procuro, me falta. Não esta nos livros, nos amigos, nos desconhecidos, nas coincidências, nas rezas, na minha mente.
Não está em nenhum lugar, não existe.
Nada mais é tão dramático. Nada mais me deixa indignado.
Não tenho mais o que escrever aqui, além de puro cinismo .
Se quiser vir, que venha, se sumir, não me fará falta.
A dor não me afeta mais como antes.
Não sinto mais nada que me mova. Nada que me faça pular do precipicio. Nem precipicio vejo mais.
Só o céu. Cansei de ficar na beira do precipicio. Vou deitar aqui e olhar pro céu. Até que a noite caia e as estrelas me ceguem. Que a chuva venha se misturar com as lagrimas de meu coração. Que o sol seque minha agonia e me deixe seco, oco, vazio. Que o vento me leve daqui.

Só quero paz. Não peço nada mais que isso.

Não venha tentar agitar o meu mundo. Meu mundo está girando na velocidade certa.

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