sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Ó insonia,
Ó doce e frívola noite
Que me traz de tão bom?
Os pensamentos e sonhos,
Os fantasmas de meu passado e presente
Sutilmente deslizando pela madrugada,
Surgindo como um filme,
Como uma leve tragada
De todo o miasma cancerigeno de minha alma,
Me levando a ver os rostos
Já esquecidos pelo tempo.


Ah doce veneno que bebo
Esperando que a dor suma,
Por que não satisfaz a pobre
Necessidade do homem que vos bebe?
Porque não leva toda a dor embora
e simplesmente deixa os sonhos fluirem
Como uma dança descompassada
Ah o amor. Ah a desgraça.
Por que temo eu tamanha dança da misericordia?

Ah doce veneno. Ó sutil insonia.
Traga de volta meus sonhos de criança.

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