quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Saber, Destruir, Criar (ou sobre o Potencial divino)

Primeiro você aprende. Durante anos da vida você acha o mundo fabuloso. Você pensa em como o mundo é. Tudo é um grande porque e como. Cada nova descoberta é motivo de alegria. Tudo parece simples. Tudo é simples. Simples de mais. Você ve o mundo como seu objeto de pensamento. Como se tivesse só de espectador. Você está vendo a historia do mundo, das pessoas e sua própria historia de certo modo.
Então você começa a se colocar no mundo. A tentar entender o que há entre você e o mundo. Qual a relação entre sua consciência. Seu espírito. Ou seja o que for que você acredite. E o que você Sabe. O que você adquiriu do mundo. Você aprende uma certa linha de pensamento filosófico (mesmo que alguns não estimulem esse aspecto). Você percebe que todo esse sentido, é uma falta de sentido. E você começa a destruir. Tudo que você acredito parece não fazer sentido. Todo o mundo parece não fazer sentido. E você tenta não se agarrar nisso ou simplesmente embarca no trem da destruição. É como plantar uma leve semente de duvida que te corrói por dentro e destrói grande parte do que existe. Grande parte das grandes questões que antes pareciam tão simples. Não são mais tão simples. Apesar de tudo existe varias pessoas assim. Mesmo que precise avançar um pouco mais pra se ter a noção de que é assim. O que quero dizer é. Por todo lado há pessoas dispostas a quebrar seus sonhos. A Argumentar. A destruir. Muitas não fazem por mal. Muitas vezes buscam o mesmo que você. Mas as vezes surge a pergunta. "Será que vale a pena?" Destruir tudo isso. Mesmo que não seja a intenção. Se você sente esse vazio e se agarra nele, o que faz você repudiar tanto quem consegue fugir dele? Inveja?
Não creio que seja isso. Creio que está na criação. Você procura por um terreno fixo para construir seu castelo. Você concilia seu saber. E entende sua destruição. Explicando melhor. Tudo que você aprendeu no primeiro estagio, é real. Tem que ser real. Você viu sentido naquilo e aquilo era simples. Então o que mudou? As coisas não mudaram. Mas mesmo nossa incapacidade toma lugar e começa a ruir por todos os lados. Mesmo assim, é algo natural. Tem que acontecer certo? Então você começa a viver uma contradição. Porque você sabe que essa falta de sentido faz sentido. E você tenta ao máximo Criar uma maneira de unir sua destruição com seu saber. É o potencial quase divino de criar algo. De obter as respostas para as questões que antes faziam sentido e agora não mais. Você tenta conciliar tudo. E você não se contenta com a falta de sentido. A falta de sentido tem que fazer sentido. Não num contexto a parte. Retórico. Mas num contexto universal. "Por que eu não posso chegar as respostas? Eu tenho que pressumir que alguem um dia chegou e acreditar que essa pessoa tem as respostas?"
O Ser humano chega a querer ser Deus. Achar as próprias respostas. Criar algo para o próprio mundo. Que o complete. É dificil, sim. É cansativo. É assustador. É horrivel. Mas na própria Criação do Homem, Deus foi pintado num cérebro. O potencial humano-divino. Deus pode estar dentro de nós e nossa própria procura é uma projeção de nosso próprio potencial. Nossas próprias duvidas. E principalmente nosso próprio ser.

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